Suspenso pelo Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva nesta sexta-feira (26), John Textor voltará à pauta do Tribunal no dia 6 de maio, quando será julgado por não entregar ao STJD as provas que diz ter sobre manipulação de resultados no futebol brasileiro dentro do prazo estabelecido.
A defesa do proprietário da SAF do Botafogo, contudo, pediu a suspensão da sessão. O advogado Michel Assef Filho, que representa o empresário no caso referente às declarações dadas após o jogo contra o Palmeiras, em novembro de 2023, explicou o motivo do pedido.
“São temas distintos, mas têm uma certa relação (as duas denúncias contra Textor). Como houve pedido de instauração de inquérito do John Textor em relação a esse fato específico da manipulação, isso, sim, deveria gerar a suspensão desse outro processo. Isso já foi requerido por nós e vai haver decisão sobre esse tema”, afirmou.
John Textor realizou uma série de denúncias nos últimos meses, o que fez com que fosse ouvido pela a CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas (CPIMJAE) na última segunda-feira (22).
O empresário norte-americano garante que procurou o STJD e outras entidades antes de levar o assunto a público, mas os pedidos por uma investigação não foram levados adiante.
Diante da repercussão das declarações, John Textor, posteriormente, apresentou os indícios de provas à Polícia Civil, aos senadores da CPI e ao vice-presidente do STJD, Felipe Belivacqua.
Por ora, a sessão está mantida pelo STJD para o dia 6 de maio, quando Textor será julgado por denúncias em dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. São os seguintes:
- Artigo 223: deixar de cumprir ou retardar o cumprimento de decisão, resolução, transação disciplinar desportiva ou determinação da Justiça Desportiva, com pena de multa de R$ 100 a R$ 100 mil, além de suspensão por 90 a 360 dias
Vale destacar que, no dia 18 de abril, John Textor esteve reunido com Felipe Belivacqua, vice-presidente do STJD, e mostrou-se disposto a colaborar e enviar os indícios de provas.