Manchas solares são regiões escuras na superfície do Sol causadas por intenso fluxo magnético no interior da estrela. Ocasionalmente, esse acúmulo de energia faz a mancha explodir, ejetando material solar para o espaço – muitas vezes, atingindo a Terra.
Vamos entender:
- O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade solar;
- Ele está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25;
- Esse número se refere aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas;
- No auge dos ciclos solares, o astro tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia;
- À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar” e gerar rajadas de vento;
- De acordo com a NASA, essas rajadas são explosões massivas do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela em jatos de plasma (também chamados de “ejeção de massa coronal” – CME);
- Os clarões (sinalizadores) são classificados em um sistema de letras pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do anterior.
Na noite de quarta-feira (21), de acordo com o site de climatologia e meteorologia espacial Spaceweather.com, uma grande mancha solar denominada AR3590 produziu uma poderosa erupção de classe X1.8.
Como consequência, houve um apagão de rádio de ondas curtas sobre o oeste dos EUA e o Oceano Pacífico. O Observatório de Dinâmicas Solares (SDO) da NASA registrou o flash ultravioleta extremo:
Como ver a mancha solar AR3590
Ainda segundo a plataforma, a mancha solar AR3590 é tão grande que pode ser facilmente observada da Terra, sem a necessidade de equipamentos específicos – sem esquecer que não se deve olhar diretamente para o Sol em momento algum sem a devida proteção: os óculos para eclipse (saiba mais aqui).
Horas depois, já na manhã desta quinta-feira (22), essa mancha solar entrou em erupção novamente, produzindo uma explosão de classe X1.7. Nenhum dos dois episódios produziu uma CME brilhante, o que significa que elas não causarão uma tempestade geomagnética na Terra.
No entanto, a mancha AR3590 tem um campo magnético instável ‘beta-gama-delta’ que abriga energia para explosões adicionais de classe X – vamos aguardar.