Até domingo (29), a mancha solar AR3474 nem existia. Agora, ela já tem 50 mil km de largura, com dois núcleos escuros maiores que a Terra.
Segundo a plataforma de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com, esta região ativa do Sol de rápido crescimento tem um campo magnético beta-gama que abriga energia para produzir, a qualquer momento, explosões de classe M – consideradas moderadas.
O que são manchas solares:
- No auge dos ciclos de atividade, o Sol tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações energéticas;
- À medida que as linhas magnéticas se emaranham nessas manchas, elas podem “estalar” e disparar rajadas de energia para o espaço;
- Essas rajadas são explosões massivas que lançam partículas carregadas de radiação para fora da estrela;
- Os clarões (sinalizadores) são classificados em um sistema de letras estabelecido pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos EUA – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do último;
- As erupções solares às vezes são acompanhadas por ejeções de massa coronal (CMEs), que são jatos de plasma magnetizado que podem levar até três dias para chegar à Terra;
- Dependendo da potência com que chegam por aqui, as CMEs desencadeiam tempestades geomagnéticas na atmosfera;
- Normalmente, essas tempestades geram belas exibições de auroras nas latitudes extremas do globo, mas também podem causar apagões de energia e até mesmo derrubar satélites da órbita.
Segundo o guia de observação Earthsky.org, a mancha AR3474 está localizada próxima do centro do disco solar, o que significa que ela está voltada para a Terra. Sendo assim, quando explodir, ela vai disparar CMEs em direção ao planeta.
Máximo solar chega mais cedo e pode durar mais do que o previsto
O Sol atingirá o pico de seu atual ciclo de atividade em 2024, um ano antes das estimativas anteriores. A informação é do Centro de Previsão do Tempo Espacial (SWPC) da NOAA.
Além de chegar mais cedo, o Máximo Solar deste ciclo será ainda mais forte do que o estimado pelos cientistas em 2019. Saiba mais.