Pelo terceiro dia consecutivo, Manaus amanheceu coberta por uma densa camada de fumaça, nesta segunda-feira, 12. O fenômeno é consequência direta do aumento das queimadas durante o período de seca, que geralmente vai de julho até novembro.
Com a diminuição das chuvas, intensificaram-se as queimadas ilegais. As florestas e os campos são frequentemente incendiados. O fogo libera grandes quantidades de fumaça e material particulado na atmosfera. Os ventos levam a fumaça até Manaus, o que compromete a qualidade do ar e a visibilidade na cidade.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais mostram um aumento significativo nos focos de incêndio no Amazonas nos primeiros 11 dias de agosto. O órgão detectou 3 mil focos de incêndio neste ano — um aumento de 190%, em comparação aos mil focos registrados no mesmo período do ano passado.
Além disso, julho de 2024 bateu o recorde de focos de incêndio no Estado, com 4 mil registros. Esse número supera o recorde anterior, de 2,1 mil focos, em julho de 2020.
Manaus teve episódios similares em 2023
A situação atual lembra episódios críticos de 2023, quando a fumaça das queimadas cobriu Manaus por vários dias, o que causou inúmeros problemas para a população. Naquele ano, a cidade registrou níveis alarmantes de material particulado no ar, o que levou muitas pessoas a buscarem atendimento médico por causa de complicações respiratórias.
Especialistas alertam que a exposição prolongada à fumaça pode agravar doenças respiratórias pré-existentes, como asma e bronquite. O fenômeno também causa irritação nos olhos, na garganta e no nariz.
Com a qualidade do ar comprometida, recomenda-se que a população evite atividades ao ar livre e, se possível, mantenha portas e janelas fechadas.