Perder bagagem é um dos principais perrengues da era moderna das viagens, com as taxas de extravio ainda altas desde o início da pandemia. Embora muitos passageiros tomem a iniciativa e coloquem dispositivos de rastreamento em suas malas para saber onde estão, há um grande problema: as companhias aéreas geralmente preferem não saber a localização das maletas.
Quando American Airlines e British Airways extraviaram a bicicleta do ciclista Barry Sherry, a caminho dos Alpes Suíços em 2023, ele mostrou ao pessoal do aeroporto de Zurique, na Suiça, a localização exata da bicicleta — mas eles não puderam fazer nada a respeito.
Porém, caso Sherry tenha a mesma falta de sorte em uma viagem futura, ele pode ter mais facilidade para recuperar sua bagagem.
Viajantes que usam Apple AirTags podem, no futuro, compartilhar o acesso ao rastreamento com terceiros — permitindo que aeroportos e companhias aéreas localizem malas em tempo real.
Segundo relatos de quem já viu, uma nova opção de compartilhamento com outras pessoas apareceu na versão beta do novo sistema operacional iOS da Apple.
Isso indica que o recurso deve ser liberado em larga escala em breve. A Apple ainda não respondeu ao pedido de confirmação ou comentário da CNN Travel.
Mas quem deseja recuperar suas malas precisa ser rápido — a opção de rastreamento compartilhável só está disponível por uma semana.
A atualização do app Find My permite “compartilhar localização do item”, criando um link que pode ser enviado para terceiros, mesmo que não tenham dispositivos Apple.
Assim, o pessoal do balcão do aeroporto e os atendentes das centrais das companhias poderiam ver a localização ao vivo diretamente em seus computadores.
Outra nova opção, na parte “Show contact info” (exibir as informações de contato, em tradução literal), permitirá que um item “perdido” se conecte a qualquer telefone ou tablet e compartilhe as informações do proprietário.
O link também expira assim que o dono é reunido com o dispositivo.
Como sempre, onde a Apple inova, outras marcas tendem a seguir. Então, mesmo que você não tenha um dispositivo Apple, pode ser que em breve seu Tile, Eufy ou Knog Scout também ofereça essa possibilidade.
Será que isso ajudará as companhias aéreas a melhorar a taxa de recuperação de bagagens? Só o tempo dirá.
Em 2023, as companhias aéreas perderam, em média, 6,9 malas a cada 1.000 passageiros, segundo a SITA, empresa que desenvolve soluções para o setor de aviação.
Esse número representa uma melhora em relação a 2022, quando o número foi de 7,6 malas perdidas a cada 1.000 passageiros, mas ainda está acima dos índices pré-pandemia. Em 2019, eram 5,6 malas perdidas a cada 1.000 passageiros.
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