Mais de 700 novas espécies de vida selvagem e plantas foram encontradas na Bacia do Congo, na África, no ano passado, aponta um relatório da World Wide Fund for Nature (WWF) publicado nesta terça-feira (3).
O documento, que destaca a importância da biodiversidade descoberta no local, sugere ainda que a comunidade científica deve aplicar esforços para conservar e proteger o frágil ecossistema.
“Precisamos fazer mais, pois a Bacia do Congo continua sendo um dos lugares menos pesquisados do planeta e necessita urgentemente de proteção adicional”, disse Dr. Allard Blom, vice-presidente do WWF para florestas africanas.
O relatório “New Life in the Congo Basin: A Decade of Species Discoveries (2013–2023)” (Nova Vida na Bacia do Congo: Uma Década de Descobertas de Espécies (2013–2023, em inglês) da WWF descreveu a descoberta de 742 espécies de plantas, invertebrados, peixes, anfíbios, répteis, pássaros e mamíferos até então desconhecidos.
Entre elas estão um novo tipo de café, sapos com garras, crocodilos, peixes-elétricos, corujas, aranhas, tartarugas, entre outros animais.
Em um território que abrange seis países, a Bacia do Congo é o maior sumidouro de carbono do mundo, absorvendo mais gases do que a Amazônia.
O documento da WWF também celebra a importância das comunidades indígenas para a manutenção dessa biodiversidade da região, por conviver por gerações com essas espécies consideradas desconhecidas.
“É crucial que suas vozes e direitos sejam respeitados como administradores desta terra”, disse Moise Kono, coordenador de povos indígenas do WWF-Camarões.