O segundo turno da disputa presidencial na Argentina teve início às 8 horas deste domingo, 19, conforme o horário da capital Buenos Aires — que segue o mesmo fuso horário de Brasília. O embate vai servir para a definição do próximo presidente argentino.
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Ao todo, há mais de 16,8 mil locais de votação, que ficarão abertos até as 18 horas. De acordo com o Poder Judiciário local, mais de 35 milhões de eleitores estão aptos a exercer a cidadania neste domingo.
Assim como o Brasil, o voto é obrigatório para boa parte da sociedade na Argentina — no caso, àqueles de 18 a 70 anos. Para quem tem 16 ou 17 anos e para maiores de 70 anos, o voto é opcional.
Apesar das obrigatoriedades, o primeiro turno da disputa para presidente contou com alto nível de abstenção. Conforme a Direção Nacional Eleitoral da Argentina, 24% dos eleitores não compareceram às urnas na primeira parte da votação, que foi realizada em outubro. Nas prévias de agosto, a abstenção foi ainda maior, beirando os 33%.
Direita versus esquerda nas eleições da Argentina
Na eleição deste domingo, a esquerda tenta se manter no poder. Impopular em meio à crise socioeconômica do país, que acumula inflação anual de mais de 140% e com cerca de 40% da pulação na pobreza, o atual presidente da Argentina, o esquerdista e peronista Alberto Fernández, nem tentou se reeleger. Dessa forma, coube ao ministro da Economia do país, Sergio Massa, ser o representante do governo na disputa.
Massa encerrou o primeiro turno como o candidato mais bem votado, com mais de 36% dos votos válidos.
Neste segundo turno, o candidato da esquerda enfrenta Javier Milei. Declaradamente defensor do liberalismo econômico e das liberdades individuais, Milei é economista por formação e exerce seu primeiro mandato como deputado. Ele foi o mais bem votado nas prévias. No primeiro turno, contudo, ele recebeu 29% dos votos, Assim, acabou superado pelo candidato do governo.