Três em cada dez piauienses vivem no campo. O dado é do IBGE, por meio do Censo de 2022, que calculou quase um milhão de habitantes vivendo em áreas rurais do estado. Isso representa quase 31% da população. É o maior percentual do país e demonstra que o êxodo rural no Piauí vem diminuindo graças às políticas públicas e investimentos aplicados na região.
Conforme o levantamento, no Censo realizado em 1970 a população que residia em áreas rurais do Piauí representava 68% do total dos habitantes do estado. Ao longo do tempo, percebeu-se uma redução contínua dos moradores do campo e um consequente aumento da população urbana no estado. Porém, a partir de 2000, a redução na proporção da população rural no Piauí ficou bem menor.
“Essa redução da saída do homem do campo para as cidades deve-se o trabalho constante que o poder público vem desempenhando nas comunidades rurais, que chegam a mais de R$ 2 bilhões em investimentos nos últimos anos, principalmente para a agricultura familiar”, afirmou Fábio Abreu, secretário da Defesa Agropecuária.
De acordo com o gestor, essas ações têm fixado mais o homem do campo onde ele vive e quer continuar vivendo com condições melhores do que há décadas atrás. Para se ter uma ideia, quase a metade dos municípios piauienses tem a maioria da população residindo na zona rural. São 110 cidades, das 224 que compõem o estado.
“E como temos muitos dessas cidades ainda com hegemonia no campo, estamos promovendo mais ações e projetos para levar mais politicas públicas a essa público, como o programa Água Doce, que leva água potável onde só tem água salobra, e o projeto Viva o Sertão, que promove melhor qualidade de vida para o homem viver do campo mesmo”, acrescentou Fábio Abreu.
Aroeiras do Itaim é a cidade piauiense com maior percentual da população vivendo no campo, com quase 87% do total. No Brasil, os municípios com as maiores proporções de população residindo em área rural eram: Chuvisca (RS), com 92,67%; Uiramutã (RR), com 92,60%; e Curral de Cima (PB), com 88,22%.