sexta-feira, novembro 22, 2024
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Mais de 10% dos soldados israelenses mortos na Faixa de Gaza foram vítimas de ‘fogo amigo’ e ‘acidentes’

Para as Forças de Defesa israelenses, os 'acidentes fatais' ocorrem por falhas de comunicação e por haver 'soldados cansados que não prestam atenção às regulamentações'

Dos 105 soldados israelenses mortos na Faixa de Gaza desde o início da ofensiva terrestre contra o Hamas, que começou no final de outubro, 20 foram vitimados por “fogo amigo” e outros acidentes, segundo dados divulgados pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) nesta terça-feira.

Destes, 13 morreram após uma “identificação equivocada” em ataques aéreos, disparos de tanques e tiros. Além deles, um soldado foi morto por tiros que não eram destinados a atingi-lo, e outros dois foram vítimas de disparos acidentais, de acordo com o Times of Israel. Mais dois soldados morreram em “incidentes envolvendo veículos blindados que atropelaram tropas”, e dois foram atingidos por estilhaços, incluindo os de explosivos detonados pelas forças israelenses.

Na avaliação das IDF, há algumas razões para os acidentes fatais, incluindo o grande número de forças operando em Gaza, problemas de comunicação entre as equipes e “soldados cansados que não estão prestando atenção às regulamentações”. Atualmente, milhares de forças de infantaria, tanques e soldados operam em Gaza contra o Hamas.

O Exército de Israel afirmou que está constantemente avaliando o combate em curso, incluindo os casos de “fogo amigo”, e disse que busca implementar rapidamente as lições aprendidas. Além dos 105 soldados mortos na Faixa de Gaza, outros 582 ficaram feridos na operação terrestre, sendo 133 gravemente, 218 moderadamente e 231 levemente, de acordo com dados divulgados pelas IDF na segunda-feira.

A operação terrestre começou após o ataque do Hamas de 7 de outubro, quando terroristas invadiram a fronteira do sul israelense e mataram cerca de 1,2 mil pessoas, sendo a maioria civis, e sequestraram ao menos 240. Como resposta, Israel declarou guerra e lançou uma ofensiva com o objetivo de “extinguir o grupo”, além de garantir a libertação dos reféns. Inicialmente concentrados ao norte de Gaza, os combates agora também foram expandidos para o sul do enclave.

Acredita-se que ao menos 138 reféns permaneçam em Gaza após a libertação dos 105 civis, soltos durante um cessar-fogo de uma semana que ocorreu ao final de novembro. Já o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, alegou que desde o início da guerra, mais de 17,5 mil pessoas morreram, em sua maioria civis e crianças.

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