Uma equipe do Observatório Nacional registrou a maior tempestade geomagnética deste ciclo solar. De acordo com os pesquisadores, os efeitos do acontecimento podem interferir em fenômenos como a aurora boreal e os sistemas de comunicações via satélite.
O fenômeno causado pela interação de grandes quantidades de partículas solares com o campo magnético da Terra aconteceu entre os dias 24 e 25 de março. Os dados foram registrados por um conjunto de 19 aparelhos geofísicos magnetotelúricos instalados no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.
Utilizado para fazer as detecções, o método magnetotelúrico é uma técnica de estudo que usa a variação temporal do campo magnético da Terra para determinar a resistividade (capacidade de conduzir eletricidade) das rochas da superfície solar.
Com ele, os pesquisadores conseguiram registrar a maior tempestade geomagnética deste ciclo, período de 11 anos que é encerrado pelas mudanças do número de manchas na superfície solar.
“Os efeitos da tempestade solar podem ser observados em várias partes do mundo como, por exemplo, as auroras, que são geralmente visíveis em regiões polares. Além disso, as tempestades podem interferir em sistemas de comunicações e rotas de satélites, além de disparos falsos em dispositivos de proteção”, explicaram Dr. Artur Benevides, pós doutorando do Observatório Nacional, e Adevilson Alves, doutorando.
A tempestade solar foi classificada como intensa/forte, com distúrbios no campo magnético de aproximadamente -200 nT. Ainda, o National Oceanic and Atmospheric Administration (Noaa) classificou a tempestade como de nível G3, também considerado forte.
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