Na quarta-feira (17), a casa de leilões Sotheby’s leiloou, em Nova York (EUA) o maior e mais completo fóssil de estegossauro (Stegosaurus sp.). O preço pago foi de US$ 44,6 milhões (R$ 247,29 milhões, na conversão direta), quantia esta a maior já paga por um fóssil de dinossauro.
História do fóssil recém-leiloado
- O fóssil recém-leiloado chama-se Apex;
- Ele viveu no Jurássico Superior, há cerca de 150 milhões de anos;
- Os estegossauros tinham armadura dorsal, indo do pescoço até a cauda;
- O leilão durou 15 minutos;
- O valor inicial era de US$ 4 milhões (R$ 22,17 milhões) e foi superado 11 vezes por um comprador anônimo;
- Não se sabe o destino de Apex.
O valioso fóssil de estegossauro foi descoberto pelo paleontólogo Jason Cooper, no Colorado (EUA), em 2022. A localização do fóssil se deu em local peculiar: perto da cidade de Dinosaur (dinossauro, em português), que tem este nome por concentrar a maior quantidade de descoberta desses animais nos EUA.
Esse esqueleto em particular é impressionante pela forma como está preservado. Foram recuperados 254 ossos dos 319 originais. Os demais foram “recuperados” a partir de impressão 3D. O Apex tem 3,3 m de altura e 8 m de comprimento.
Dado o tamanho e o grau de desenvolvimento ósseo do fóssil, os paleontólogos acreditam que se tratava de um animal adulto que teria vivido até uma idade mais avançada. Outras provas são o quadro de artrite e a fusão das vértebras sacrais.
Isso sem contar que os ossos do estegossauro não possuem sinais de ferimentos advindos de combate mortal com outros dinossauros, tampouco que foi comido por um predador.
Leilões de dinossauros
Antes de Apex, o recorde de fóssil de dinossauro leiloado pelo maior preço era um tiranossauro rex (Tyrannosaurus rex), de nome Stan. Ele foi arrematado em 2020 por US$ 31,8 milhões (R$ 176,32 milhões).
Em novembro, na França, será a vez de um apatossauro ser leiloado. O fóssil em questão tem 20 metros de comprimento, chamado de Vulcain. O valor do dinossauro partirá de três milhões de euros (R$ 18,11 milhões).
O grande problema desses leilões, para os paleontólogos, é o fato de que não se sabe se os fósseis chegarão ao público para apreciação, tampouco de que serão estudados futuramente.