A ditadura de Nicolás Maduro decidiu, de forma unilateral, revogar a custódia do Brasil sobre a Embaixada da Argentina em Caracas. Segundo apuração do portal Uol, a decisão foi tomada depois do local ter sido cercado por forças de segurança na noite desta sexta-feira, 6.
O local, que abriga membros da oposição venezuelana, foi assumido pelo Brasil há algumas semanas para evitar uma crise ainda mais grave entre os países da região.
O Uol apurou que, diante da situação, a Secretaria Geral do Itamaraty fez uma reunião de emergência para avaliar o caso. A situação continua sendo tratada entre a Presidência, o chanceler Mauro Vieira, que está em Omã, e a Secretaria Geral.
De acordo com o Itamaraty, o governo Maduro confirmou a retirada do status do Brasil num comunicado oficial para Brasília. A chancelaria brasileira respondeu, alegando que esperaria a designação de um novo país para assumir a responsabilidade.
Postura de Maduro foi divergente com Equador
A postura de Maduro contrasta com a ação do ditador no início do ano, quando criticou o governo do Equador por invadir a Embaixada do México em Quito. Na ocasião, Maduro fechou a Embaixada e consulados no país em protesto.
Segundo o Itamaraty, um gesto unilateral não é suficiente para revogar a custódia, e o Brasil continuará responsável pela embaixada até que um novo governo seja designado, conforme as regras diplomáticas.
O governo Lula afirmou que o Brasil continuará representando os interesses argentinos e protegendo os refugiados até a designação de um país substituto, evitando um vácuo na inviolabilidade das sedes diplomáticas.