O ditador Nicolás Maduro sugeriu que espionou ilegalmente a equipe de especialistas eleitorais da Organização das Nações Unidas (ONU) durante a estadia da entidade na Venezuela. Em comunicado na terça-feira 13, o Palácio de Miraflores se manifestou sobre o assunto.
“Chama atenção que, durante estadia na Venezuela, os integrantes do falso painel de especialistas tiveram contatos frequentes, por telefone e por videoconferências, com funcionários do Departamento de Estado dos EUA”, afirmou a ditadura venezuelana.
O comunicado é uma resposta à acusação contra o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo chavismo, de não ser transparente durante o pleito de 28 de julho.
A ditadura chavista mencionou informações a respeito de mensagens que só poderiam ser obtidas por meio de espionagem ilegal.
A provável espionagem de Nicolás Maduro
A denúncia sobre a possível espionagem contra os especialistas da ONU partiu do portal argentino Infobae, que, inclusive, revelou um trecho do comunicado em sua página.
A equipe elogiou a logística da votação, mas criticou o CNE por desrespeitar as regras locais e declarar Maduro vencedor, mesmo sem detalhes dos resultados.
A ditadura de Nicolás Maduro diz que os membros das Nações Unidas, entre eles Domenico Tuccinardi, Fernanda Abreu, Roly Dávila e Maria de Lourdes González, acessaram “todas as fases do processo eleitoral”. A oposição, porém, contesta o resultado.
A Venezuela não aceitou o documento produzido pela equipe da entidade, sob alegação de “propaganda golpista”. A justificativa de Caracas é que o documento da ONU teria sido motivado por um suposto plano da oposição para desestabilizar o país.