O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que “a revolução bolivariana conta com os militares”. O líder chavista deu a declaração nesta quarta-feira, 31, durante um pronunciamento para a imprensa internacional.
Maduro disse que a Venezuela “não vai cair nas mãos do fascismo nem do imperialismo norte-americano”. Segundo ele, seu regime “está armado”.
Ainda durante o pronunciamento, o ditador venezuelano ameaçou deflagrar “uma nova revolução”. De acordo com ele, isso ocorrerá caso os “criminosos fascistas” sigam a criticá-lo nas ruas.
“Queremos continuar no caminho que Hugo Chávez traçou”, disse o ditador. “Mas se o imperialismo norte-americano e os criminosos fascistas nos obrigarem, não hesitarei em chamar o povo para uma nova revolução, com outras características.”
Ditadura de Maduro prende manifestantes
Na terça-feira 30, Maduro havia dito que vai aplicar uma pena de 15 anos de prisão aos manifestantes. Ele disse que “não haverá perdão”.
“E o peso da lei será aplicado a eles”, declarou o ditador. “Passarão na cadeia, no mínimo, pela medida mais baixa, 15 anos por crimes. De 15 a 30, me diz aqui o procurador-geral [Tarek William Saab]. E dessa vez não haverá perdão. O grande coração do perdão ficará para outra época. Agora, não.”
O país enfrenta uma onda de protestos desde a divulgação do resultado do pleito, ocorrida na madrugada de segunda-feira 29. De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, controlado pelo regime chavista, Maduro foi proclamado presidente “reeleito”, com 51,2% dos votos.
O candidato da oposição liderada por María Corina Machado, Edmundo González, conforme o CNE, aparece com 44,2% dos votos. A coalizão de direita, no entanto, afirma que González foi o verdadeiro vencedor, com 73%. Também na terça-feira, María Corina e González divulgaram um site para consultar as atas da eleição.