quinta-feira, setembro 19, 2024
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Maduro cria Conselho de Segurança Cibernética na Venezuela

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, assinou um decreto, nesta segunda-feira, 12, em que instituiu um Conselho Nacional de Segurança Cibernética no país. De acordo com o líder chavista, a medida servirá para proteger e defender os sistemas on-line venezuelanos. 

“Há mecanismos para nos defender e temos que especializar nossos mecanismos”, disse Maduro, em reunião com os Conselhos de Estado e de Defesa. 

“Por isso, vou assinar um decreto presidencial mediante o qual ordeno a criação imediata do Conselho Nacional de Cibersegurança da Venezuela, para enfrentar os ataques cibernéticos, para proteger e garantir a liberação dos sistemas tecnológicos da Venezuela.”

Em março de 2019, a Venezuela enfrentou um apagão. A oposição e a mídia internacional classificaram o blecaute como um ato de sucateamento da rede de energia elétrica do país. À época, Maduro acusou os Estados Unidos de um ataque hacker, e, no pronunciamento desta segunda, utilizou o pretexto para justificar a criação do conselho cibernético. 

“Foi um ataque cibernético, que ordenou os Estados Unidos da América, contra o sistema elétrico no dia 8 de março de 2019 e nos dias subsequentes”, afirmou.

Maduro suspende Twitter/X da Venezuela

Venezuelanos saem às ruas mesmo com as ameaças de Nicolás Maduro em prendê-los | Foto: Reprodução/Twitter/X
Na semana passada, Maduro anunciou uma suspensão de dez dias do aplicativo no país | Foto: Reprodução/Twitter/X

Na última quinta-feira, 8, Nicolás Maduro anunciou uma suspensão de dez dias do aplicativo Twitter/X. O dono da rede, o empresário Elon Musk, utilizou seu perfil para criticar o ditador, por medidas autoritárias e pela falta de transparência das eleições da Venezuela. 

Apesar do anúncio, Maduro não disse quando a medida vai começar a valer no país. Além das críticas de Musk, a oposição local utiliza a ferramenta para denunciar os abusos do regime do ditador.

“O X e Elon Musk violaram todas as normas da própria rede social, incitando o ódio, o fascismo, a guerra civil, a morte e o enfrentamento entre venezuelanos”, disse o ditador, durante um discurso. “E, aqui, se respeita a lei. Por isso, foi assinada uma proposta feita pela Comissão Nacional de Telecomunicações, que decidiu retirar a rede social X durante 10 dias. Fora, X.”

Parlamento suspende recesso para votar regulação das redes 

O presidente da Assembleia Nacional (AN), deputado Jorge Rodríguez, propôs o artigo contra 'traidores da pátria' à Comissão Permanente de Política Interna | Foto: Reprodução/Assembleia Nacional da Venezuela
O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, deputado Jorge Rodríguez| Foto: Reprodução/Assembleia Nacional da Venezuela

O Parlamento da Venezuela, controlado pelo chavismo, suspendeu o recesso parlamentar para votar um projeto de lei pela regulação das redes sociais no país. O anúncio da medida foi do presidente da Casa, Jorge Rodríguez, nesta segunda-feira, 12. 

O projeto é um pedido do ditador Nicolás Maduro. Segundo ele, o texto visa a “acabar com a ditadura das redes sociais”.

Durante um evento, Rodríguez afirmou que a Venezuela precisa regular o uso das redes sociais para “proteger a população do ódio, terrorismo e disseminação de ideias fascistas”. 

“Vamos nos dedicar à tarefa nesta sessão de aprovar um pacote de leis que o senhor solicitou para poder cuidar e defender a nossa população”, disse ele, dirigindo-se a Maduro.

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Via Revista Oeste

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