quinta-feira, novembro 21, 2024
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Maduro baixa o tom e parabeniza Trump por vitória nos EUA

O ditador comunista da Venezuela, Nicolás Maduro, fez um breve pronunciamento na quarta-feira 6, para parabenizar o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

O tom amigável do discurso chamou a atenção especialmente porque no governo anterior, entre 2017 e 2020, Trump impôs sanções pesadas a membros da ditadura venezuelana, especialmente depois de 2018, quando as denúncias de fraude eleitoral se confirmaram, e a perseguição aos opositores aumentou, exatamente como agora, em 2024.

Entretanto, Maduro disse que espera um “novo começo”. “Não fomos bem na primeira administração do presidente reeleito Donald Trump. É um novo começo para apostarmos em uma vitória para todos.”

O ditador acrescentou, em pronunciamento na TV estatal: “Por mais que tenha havido tensões nas relações quando tentaram atentar contra a vida de Trump duas vezes, não hesito um segundo em expressar minha solidariedade e desejar-lhe boa saúde e uma vida longa. Hoje quero desejar-lhe sorte em seu governo e que suas propostas e ofertas eleitorais tenham um bom destino. Aqui estará Nicolás Maduro, presidente constitucional reeleito da Venezuela, sempre pronto para relações positivas com os Estados Unidos e o mundo inteiro”.

Maduro baixa o tom ao falar sobre vitória de Trump

Crítico contumaz da direita mundial, do liberalismo e dos EUA, a quem acusa de boicotar e sabotar a economia venezuelana, Maduro abaixou o tom. Ele alega ter sido reeleito em 28 de julho, mas a maior parte das democracias do mundo não reconhece sua reeleição, em razão de denúncias de fraudes reconhecidas por organizações independentes.

Alguns governos, como o de Joe Biden, reconheceram a vitória de Edmundo González — atualmente exilado na Espanha — como presidente da Venezuela. Trump não deve mudar isso.

Em 2019, Maduro rompeu relações com os Estados Unidos, justamente depois de sanções do governo Trump contra a indústria petrolífera. No governo Biden, parte dessas sanções foi retirada em razão de uma promessa — não cumprida pela ditadura — de eleições limpas e livres.

Diante da fraude e da perseguição a opositores observada desde julho, o governo dos EUA restabeleceu as sanções.

Lula também parabenizou Donald Trump

No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também parabenizou Trump. Uma semana antes, ele tentou relacionar o republicano ao “nazismo” e ao “fascismo”, que supostamente ascendem no mundo.

Lula declarou apoio à opositora de Trump, a democrata Kamala Harris, atual vice-presidente dos EUA.



Via Revista Oeste

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