O presidente da França, Emmanuel Macron, se manifestou no Twitter/X, nesta segunda-feira, 26, sobre a prisão de Pavel Durov, fundador do Telegram. As autoridades francesas prenderam o empresário no sábado 24, quando desembarcou no país. O chefe do Executivo francês defendeu que a prisão não tem cunho político.
“A prisão do presidente do Telegram em solo francês ocorreu como parte de uma investigação judicial em andamento”, escreveu Macron. “Não é, de forma alguma, uma decisão política. Cabe aos juízes decidirem sobre o assunto.”
De acordo com as autoridades francesas, Pavel Durov tinha mandados de busca e apreensão por causa de uma investigação preliminar. A polícia investiga atividades criminosas no Telegram. A Justiça considera que a suposta falta de moderação e cooperação da plataforma com as autoridades torna o empresário cúmplice de tráfico de drogas, crimes contra crianças e fraudes.
Emmanuel Macron disse que decidiu se manifestar depois de ler informações falsas sobre a prisão de Pavel Durov. O presidente afirmou que a França está “comprometida com a liberdade de expressão” e que a prisão não representa uma tentativa de censura.
“Em um Estado governado pelo Estado de Direito, as liberdades são mantidas dentro de uma estrutura legal, tanto nas mídias sociais quanto na vida real, para proteger os cidadãos e respeitar seus direitos fundamentais”, escreveu Macron, no Twitter/X.
Dono do Telegram foi preso em aeroporto
A detenção do dono do Telegram ocorreu no Aeroporto de Le Bourget, próximo a Paris. Ele havia desembarcado de seu jato particular.
Pavel Durov nasceu na Rússia. Aos 39 anos, ele tem uma fortuna de US$ 15,5 bilhões, segundo a revista Forbes. O empresário criou o Telegram em 2013 com seu irmão Nikolai Durov, matemático e programador. Atualmente, a rede social conta com 900 milhões de usuários ativos.
Em 2014, Pavel Durov deixou a Rússia por se recusar a fechar comunidades na Vkontakt, rede social que vendeu posteriormente. Em 2021, o empresário se naturalizou francês.