terça-feira, junho 17, 2025
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Macabíadas, os jogos olímpicos judaicos, são adiadas

A 25ª edição dos Jogos Mundiais Macabeus, conhecidos como Macabíadas, foi adiada para o verão de 2026. Inicialmente, o evento estava previsto para ocorrer entre 8 e 22 de julho.

Por questões de segurança, em função do atual conflito com o Irã, os jogos foram adiados. O governo israelense decretou estado de emergência, o que afeta voos, até pelo menos 30 de junho.

“É preciso deixar claro, houve um adiamento, não um cancelamento”, afirma a Oeste Avi Gelberg, vice-presidente financeiro do Movimento Macabi Mundial.

Israelense, Gelberg mora no Brasil, mas estava em sua terra natal no momento do ataque de Israel ao Irã, no último dia 13. Havia viajado a Israel para acompanhar delegações que visitariam instituições das quais ele participa.

“O momento exige isso, do ponto de vista de logística, de voos, Israel decretou estado de emergência até o dia 30. Estou com o produtor que iria montar a abertura e ele me disse que já precisaria ter começado para que tudo ficasse pronto no dia 10.”

Segundo ele, o fato de as competições não ocorrerem neste ano gera uma expectativa ainda maior em relação às disputas esportivas no ano que vem.

As Macabíadas são um evento esportivo internacional que reúne atletas judeus de todo o mundo a cada quatro anos em Israel. A primeira edição ocorreu em 1932.

Trata-se do maior evento esportivo judaico e do terceiro maior do mundo em termos de número de atletas, depois dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Asiáticos. Na próxima edição são esperados 10 mil atletas de 72 países.

“A Macabíada do ano que vem vai ser mais forte, com Israel mais unido em torno do povo judeu”, afirma o dirigente.

O caráter da Macabíada tem duas vertentes: uma é a esportiva. Não tem o mesmo nível técnico de uma Olimpíada e engloba atletas de várias idades, divididos em categorias. Mas sua competitividade não deixa de ter muita qualidade.

“Os atletas também se preparam durante quatro anos, é um marco importante em suas trajetórias e o nível é muito bom.”

O outro aspecto é o que diz respeito à solidariedade do povo judeu em relação à Israel, conta Gelberg.

“É um momento de plena união, em que a ligação de um país com o povo se mostra por meio do Esporte, mas é algo que fala da vida.”

Cidade pacífica

Gelberg, atualmente, é o presidente da Universidade de Haifa, no Brasil. Também já foi presidente da Confederação Brasileira Macabi e do clube Hebraica. Ele nasceu em Haifa e estava na cidade no momento em que falou com a reportagem. Para ele, Haifa é um exemplo de que a convivência entre judeus e árabes pode ser pacífica.

Na cidade, árabes e judeus convivem com um adequado grau de harmonia, com administração municipal mista e esforços contínuos de coexistência e cooperação intercomunitária.

Este tipo de convivência, de maneira geral, só fica impedido de existir quando o radicalismo e o terror impera. É o caso do que prevalece no governo do Irã, segundo Gelberg.

“Um regime extremista como o Irã resolveu alimentar o ódio e o desejo de destruir o Estado de Israel, desenvolvendo tecnologia nuclear para ter uma bomba, é um regime radical que se apega à destruição, está a 2 mil quilômetros de Israel e ainda assim se incomoda com a nossa existência.”



Via Revista Oeste

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