segunda-feira, novembro 25, 2024
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Luz espiral é vista no céu da Noruega após lançamento da SpaceX

Moradores da costa espacial norte-americana, como é chamada a região do estado da Flórida nos arredores do Centro Espacial Kennedy (KSC), da NASA, e da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, estão acostumados aos efeitos luminosos provocados no céu pelos lançamentos de foguetes.

Esses clarões, no entanto, também podem ser vistos de outras partes do mundo, como foi o caso de uma espiral azul flagrada em 2022 por uma moradora de Queenstown, na Nova Zelândia, a mais de 13 mil km de distância do local de lançamento de um foguete Falcon 9, da SpaceX, que havia decolado menos de quatro horas antes.

Algo parecido aconteceu na última terça-feira (5). Um fenômeno luminoso em padrão espiral apareceu no céu noturno sobre Lofoten, na Noruega. Cerca de uma hora antes, a SpaceX havia lançado um foguete Falcon 9 da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia – a mais de oito mil km de distância.

Bela espiral luminosa vista em Lofoten, norte da Noruega, em 5 de março de 2024 . Crédito: Bettina Begtoft via Spaceweather.com

O foguete levou 53 pequenos satélites para a órbita da Terra por meio da missão Transporter-10. Quando o segundo estágio descartado do veículo passou sobre o mar de Barents, ele realizou uma queima de órbita. Seu movimento giratório transformou o escapamento em uma espiral espetacular.

Espirais da SpaceX são suprodutos comuns das operações

Por mais estranhas que pareçam, essas espirais são um subproduto rotineiro das operações da SpaceX. Redemoinhos azuis semelhantes foram vistos depois de lançamentos de foguetes Falcon 9 também na África Oriental, Havaí e, o mais famoso de todos, este exemplo sobre o Alasca:

Um giro iluminado no céu navega pela aurora e sobre Donnelly Dome, perto de Delta Junction, Alasca, em 15 de abril de 2023. Crédito: Todd Salat via Spaceweather.com

Consultado pela plataforma de climatologia e meteorologia espacial Spaceweather.com, o astrônomo Olivier Staiger explica por que ela tem uma forma espiral: “Em missões compartilhadas como a Transporter-10, os inúmeros satélites de vários clientes têm destinos diferentes. A SpaceX deve girar o estágio 2 para implantação. Como resultado, esse estágio ainda está girando quando eles fazem a queima de desórbita e, portanto, cria uma espiral”.

Staiger prevê outro clarão em espiral para outubro. “A missão Transporter-12, em outubro, pode ser épica com excelentes auroras de equinócio, o cometa Tsuchinshan-Atlas e as chuvas de meteoros Draconídeos e Oriônidas”, diz ele, revelando de onde vai presenciar o evento. “Nos vemos na Islândia!”

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