O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou a políticos de Alagoas que o BNDES não vai liberar recursos para empresas interessadas na compra da Braskem, mineradora responsável pela exploração de sal-gema em Maceió. Na mesma conversa, Lula teria afirmado que, se necessário, a Petrobras poderá fazer aportes na empresa.
A avaliação de que a mineradora não deve ser fatiada, nem vendida para um comprador que necessite de empréstimo do BNDES, porque não geraria empregos, foi externada pelo presidente no encontro em que reuniu, na semana passada, o presidente da Câmara, Arthur Lira, o senador Renan Calheiros, e outros políticos de Alagoas que divergem sobre a solução que será dada aos danos provocados pela empresa em Maceió.
De acordo com relatos de quem esteve reunido com Lula, o presidente teria defendido que é necessário baixar a temperatura política, contratar uma empresa idônea para levantar os danos e cobrar da Braskem o ressarcimento de danos e pagamento de idenizações restantes.
Em meio à criação de uma CPI no Senado e cobrança de responsabilização da empresa, a Braskem está à venda, há anos. Nos bastidores da transação, políticos dizem que a palavra final será do governo federal. A Braskem é uma sociedade da Novonor, antiga Odebrecht, com a Petrobras.
A Novonor é sócia majoritária e foi quem colocou ações a venda. Como sócia minoritária na mineradora, com 36,1% do capital total, a Petrobras tem o direito de preferência na transação. Mas a empresa não descarta incrementar sua posição dependendo do sócio que for escolhido.
Interlocutores de Lula no Palácio do Planalto disseram à CNN que o presidente tratou por alto sobre a venda da Braskem durante a reunião por considerar a importância da empresa para a Indústria brasileira, especialmente, o setor petroquímico.
A CNN procurou a Braskem e a Petrobras e aguarda resposta.
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