quinta-feira, novembro 21, 2024
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Lula veste lenço palestino com frase usada pelo Hamas

Em 9 de agosto, durante uma visita a Santa Catarina, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vestiu um lenço palestino, chamado de “keffiyeh”, que trazia a frase “Jerusalém é nossa. Nós estamos chegando” em árabe.

A frase, utilizada para “defender” a reivindicação palestina sobre Jerusalém, é usada pelo grupo terrorista Hamas e interpretada como um pedido pela “extinção do Estado israelense”.

Desde 1967, Jerusalém está sob controle de Israel, que considera a cidade indivisível e abriga várias sedes governamentais, como a Suprema Corte e o Knesset. Antes de 1967, a parte oriental de Jerusalém era administrada pela Jordânia.

A imagem de Lula com o lenço foi compartilhada pelo Comitê Catarinense Khader Mahmud Ahmad Othman no Instagram em 23 de agosto, mas não foi publicada nas redes sociais do presidente.

Publicação do Comitê Catarinense Khader Mahmud Ahmad Othman segue no ar | Foto: Reprodução
Publicação do Comitê Catarinense Khader Mahmud Ahmad Othman segue no ar | Foto: Reprodução

O comitê também presenteou Lula com uma placa que mostra um mapa da região sem fronteiras entre Israel e Palestina.

Ao portal Poder360, a assessoria do Palácio do Planalto informou que não comentaria o assunto. Segundo André Lajst, cientista político e CEO da ONG Stand With Us Brasil, a frase no lenço é parte de um discurso de ódio contra os judeus.

“Ou o presidente ignora essa frase, que é racista e de ódio e que desconsidera a legitimidade do povo judeu à região, ou ele é muito mal assessorado”, disse Lajst.

Lula e a “causa palestina”

Não é a primeira vez que o presidente mostra simpatia pela “causa palestina”. Sua declaração mais emblemática ocorreu em 16 de fevereiro, quando comparou as ações do exército israelense contra o grupo terrorista Hamas com as ofensivas nazistas do Holocausto.

A declaração de Lula gerou uma crise diplomática entre Brasil e Israel, fazendo com que a nação judaica declarasse o presidente como “persona non grata“.

Nos meses seguintes, o petista continuou acusando Israel de praticar “genocídio” contra o “povo palestino”. Recentemente, em 8 de julho, Lula disse ter orgulho de o Brasil ser o primeiro país a fechar acordo de livre comércio com a Autoridade Nacional Palestina.

“Nos orgulhamos de ser o primeiro país do bloco a ratificar o acordo de livre comercio com a Palestina”, disse Lula. “Mas não posso deixar de lamentar, que isso ocorra num contexto que o povo palestino sofre com as consequências de uma guerra totalmente irracional.”

Lula também já foi elogiado por representantes do Hamas por seus ataques a Israel. O mais recente ocorreu em maio deste ano, durante uma entrevista ao Metrópoles, quando o o porta-voz Muslim Imran elogiou o fato de o presidente brasileiro criticar a atuação de Benjamin Netanyahu no conflito em curso na Faixa de Gaza. 



Via Revista Oeste

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