O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta terça-feira (6) com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O encontro aconteceu fora da agenda oficial, no Palácio do Planalto.
A conversa já estava agendada desde a posse do ministro Ricardo Lewandowski, quando os dois também conversaram reservadamente.
A pauta desta segunda, segundo apurou a CNN, foi o cenário eleitoral em Minas Gerais e saídas para o pagamento da dívida pública do estado, avaliada em mais de R$ 165 bilhões.
O presidente visitará Minas Gerais na próxima quinta-feira (8), onde anunciará obras e visitará cidades administradas pelo PT. O partido tem como pré-candidato à prefeitura da capital mineira, o deputado Rogério Corrêa, mas busca uma composição com o PSD de Pacheco.
O presidente do Senado já ouviu do presidente Lula que tem seu apoio para uma disputa ao governo em 2026.
Os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também participaram. Logo, a articulação política do governo com o Congresso foi tema inevitável.
A despeito das críticas da cúpula da Câmara dos Deputados, Lula tem blindado o ministro das relações institucionais Alexandre Padilha e garantido a auxiliares que ele permanecerá no cargo.
O clima entre Planalto e Lira, que já estava longe de ser dos melhores, ficou ainda mais tenso após o discurso do presidente da Câmara na abertura do Ano Legislativo.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse, nesta segunda-feira (5), que o parlamento não será omisso às demandas da sociedade, seja por conta das eleições municipais deste ano, seja em razão das “especulações” sobre a escolha da próxima mesa diretora da Casa.
A declaração vem na esteira da discussão em relação à decisão do governo federal de vetar R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão, no orçamento deste ano.
“O Orçamento é de todas e todos os brasileiros e brasileiras, não é e nem pode ser de autoria exclusiva do Poder Executivo e muito menos de uma burocracia técnica que, apesar do seu preparo, não foi eleita para escolher as prioridades da nação e não gasta a sola de sapato percorrendo os pequenos municípios brasileiros como nós parlamentares, senadores e deputados”, disse.
Antes de tudo isso, havia expectativa de uma reunião do petista com Lira para esta semana. Mas o presidente embarcou hoje para uma sequência de viagens. Só retorna a Brasília na quinta-feira (8).
E não deixou nada marcado. O movimento foi visto como um recado para o parlamentar.
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