O presidente Luiz Inácio Lula da Silva planeja uma reforma ministerial em fevereiro de 2025 para atrair partidos de centro e garantir apoio de legendas como o União Brasil e a bancada do PSD na Câmara. Segundo aliados do petista, o objetivo é acalmar os ânimos da base aliada e evitar derrotas nas votações do Congresso Nacional. A informação é do g1.
De acordo com a publicação, o ano de 2024 terminou com tensões no Legislativo, em parte devido aos vetos presidenciais em medidas que afetavam emendas parlamentares e o Fundo Partidário.
Entre os vetos, estava a rejeição à regra que proibia o bloqueio das emendas parlamentares impositivas e a correção do Fundo Partidário conforme o aumento das receitas, o que gerou insatisfação entre os parlamentares.
Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF) também decidiu vetar o pagamento de emendas de comissões da Câmara e do Senado, que somavam R$ 6,7 bilhões. Apesar disso, o ministro liberou emendas para a saúde.
Possíveis mudanças na equipe ministerial de Lula
Nos bastidores, fala-se em substituições dentro do ministério. A troca de Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicação Social é esperada. Com isso, pretende-se melhorar a comunicação do governo e aproximá-lo dos cidadãos.
O fortalecimento da base aliada é crucial para sustentar o governo até 2026, quando ocorre a eleição presidencial. Alguns líderes de partidos como MDB, PP, Republicanos, PSD e União Brasil já discutem não apoiar uma possível candidatura de Lula à reeleição, o que aumenta a urgência de consolidar alianças.
Desafios no Legislativo e expectativas para 2025
Antes de qualquer reforma, os parlamentares estarão focados na eleição dos novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (UB-AP) são vistos como favoritos para liderar as Casas Legislativas.
Os parlamentares estão empenhados em garantir compromissos para assegurar espaço nas mesas diretivas e desejam a discussão de pautas polêmicas, como a anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro.
A expectativa é que, com a volta dos trabalhos legislativos, esses temas sejam tratados com mais atenção, enquanto o governo busca estabilizar suas relações no Congresso.