Duas horas e 45 minutos. Esse foi o tempo em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva permaneceu no Rio Grande do Sul. O petista viajou ao Estado sulista na última quinta-feira, 2, em meio à tragédia climática que assola a região.
Conforme a agenda do Palácio do Planalto, a comitiva sob comando do presidente da República desembarcou na Base Área de Santa Maria, no interior gaúcho, às 9h45. Às 12h30, a equipe já havia embarcado no mesmo local para voltar a Brasília.
Ainda de acordo com o cronograma oficial, que está disponível a todos os cidadãos na internet, a viagem de Lula ao Rio Grande do Sul ficou restrita a Santa Maria. O município é o reduto eleitoral do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, que integrou a comitiva.
No tempo em que esteve no território gaúcho, o presidente realizou dois compromissos — ao menos segundo a agenda oficial. Ele sobrevoou parte das regiões atingidas pelas fortes chuvas no decorrer dos últimos dias e se reuniu com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). Além disso, em meio à tragédia, o petista teve tempo de afirmar que estava na torcida pelo Grêmio e pelo Internacional, os dois principais times de futebol do Estado.
Ao chegar ao Rio Grande do Sul, na quinta-feira 2, a primeira declaração pública do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a jornalistas foi sobre futebol.
Enquanto Lula fala de futebol, Rio Grande do Sul encara calamidade
Enquanto o presidente Lula encontrou tempo para fazer comentário futebolístico no período de menos de três horas em que permaneceu em Santa Maria, o Rio Grande do Sul segue a encarar situação de calamidade. Os gaúchos lidam com alagamentos e inundações provocados por temporais desde o último fim de semana.
De acordo com nota da Defesa Civil do Estado na manhã deste sábado, 4, a tragédia climática já é responsável por 56 mortes. Além disso, 74 pessoas estão feridas e outras 67 seguem desaparecidas.
Ainda conforme a Defesa Civil, 235 dos 496 municípios do Rio Grande do Sul encaram transtornos em decorrência dos recentes temporais. Por fim, há o registro de que o nível do Guaíba, lago que banha Porto Alegre e parte de sua região metropolitana alcançou o maior nível de sua história.
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