domingo, junho 1, 2025
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Lula na mira da Câmara por fala sobre o sertão

O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) apresentou uma moção de repúdio contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O requerimento foi protocolado na Câmara dos Deputados nesta sexta-feira, 30, depois de uma declaração do chefe do Executivo durante cerimônia oficial no interior da Paraíba.

Durante o evento, realizado na cidade de Cachoeira dos Índios (PB), Lula afirmou que “Deus deixou o sertão sem água porque ele sabia que eu ia ser presidente da República e que eu ia trazer água para cá”. A fala ocorreu durante a assinatura da obra de um ramal da transposição do Rio São Francisco.

Lula versus fé cristã

De acordo com Gayer, a declaração fere diretamente a fé do povo brasileiro e representa uma tentativa de transformar uma tragédia histórica em autopromoção política. Conforme explicou o parlamentar, a frase do presidente ignora a gravidade da escassez hídrica no semiárido e reduz o sofrimento nordestino a um “projeto divino” com fins eleitorais.

Parlamentar goiano acusa Lula de ofender a fé cristã ao vincular seca no sertão à própria eleição | Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados
Parlamentar goiano acusa Lula de ofender a fé cristã ao vincular seca no sertão à própria eleição | Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados

Além disso, o deputado sustentou que a instrumentalização da fé cristã representa um desrespeito à dignidade do cargo que Lula ocupa. Segundo ele, “Deus não é arquiteto da dor, tampouco da miséria”, e usá-lo para fins políticos rompe com princípios éticos e morais exigidos do chefe de Estado.

Comoção

Ainda conforme o texto da moção, a repercussão da fala gerou indignação entre parlamentares, lideranças religiosas e veículos de comunicação. Gayer observou que a comoção foi ainda mais intensa entre nordestinos, que interpretaram a fala como uma ofensa à fé e à própria identidade regional.

Por esse motivo, o parlamentar solicitou que a Câmara dos Deputados se manifeste de maneira oficial. Em sua justificativa, ele afirmou que o respeito às crenças do povo deve prevalecer sobre qualquer interesse político.

Via Revista Oeste

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