A improvisação para gastar mais é a marca do governo Lula. Ele e a sua trupe de comediantes ministeriais não têm a mais remota ideia de como administrar um país.
Veja-se a trapalhada que fizeram com essa MP do Fim do Mundo. Para compensar a progressão na volta da oneração fiscal da folha de pagamentos das empresas, o ministro Fernando Haddad tirou da cachola limitar que as empresas paguem o PIS/Cofins com créditos tributários.
A grita foi geral, e com razão. O impacto da medida no caixa das empresas seria imediato e bilionário. Só na indústria, significaria um aumento de custo da ordem de R$ 29 bilhões até o final do ano e de R$ 60 bilhões em 2025, segundo a estimativa da CNI.
Quando uma empresa tem aumento de custo, ela repassa para o consumidor. Ou seja, a estrovenga causaria mais inflação e, assim, impediria a queda dos juros — quer dizer, se for respeitada a independência do Banco Central.
Diante do desastre anunciado, o presidente do Senado devolveu o trecho sobre a limitação que estava na MP do Fim do Mundo.
“Não dá mais para fingir que Lula e a sua trupe de comediantes ministeriais têm responsabilidade fiscal”
Mario Sabino
Veio à tona, então, por meio da apuração dos jornalistas Mariana Carneiro e Alvaro Gribel, que Fernando Haddad e sua equipe imaginaram o troço, o ministro não avisou os colegas da Esplanada, encarregou a Receita Federal de fazer o projeto — a Receita Federal que sempre calca a mão peluda do governo — e viajou para a Europa um dia antes do anúncio da medida. Ninguém se preocupou em calcular o impacto sobre as empresas e os consumidores. Só pensaram em avançar sobre o dinheiro alheio.
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MP do Fim do Mundo, Lula e taxa de juros
Como se não bastasse a trapalhada que Rodrigo Pacheco evitou em cima do lance, Lula foi a um evento no Rio de Janeiro e afirmou que “o aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros permitirão alcançar a meta de déficit sem comprometer os investimentos”.
Todo mundo ficou apavorado outra vez e o dólar disparou.
É límpido: o que o petista quer é depenar ainda mais as empresas e os cidadãos, baixar a taxa básica de juros na marra quando Roberto Campos Neto sair do Banco Central e aumentar a gastança.
Não dá mais para fingir que Lula e a sua trupe de comediantes ministeriais têm responsabilidade fiscal e que sabem o que estão fazendo. Na realidade, eles não sabem nem mesmo como funciona uma padaria.