A Petrobras deverá reajustar o preço do diesel nas próximas semanas. Já a gasolina não sofrerá alta. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu a informação da presidente da petroleira, Magda Chambriard, nesta segunda-feira, 27, em reunião ocorrida no Palácio do Planalto.
Segundo relatos, Lula perguntou sobre o índice de reajuste, mas Chambriard disse que os técnicos ainda estão fazendo os cálculos. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.
A petroleira discutiu o assunto neste mês. Integrantes do conselho de administração disseram que não teriam como evitar o tema. Assim, o tema entraria na pauta da primeira reunião do ano.
Investidores internacionais estavam preocupados com uma interferência do governo nos preços da estatal e pressionaram por um reajuste, dada a disparidade do valor dos combustíveis comercializados no país ante a cotação do dólar e do petróleo no exterior.
Petrobras precisou intervir nos preços
Conforme a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a cotação do diesel nesta terça-feira, 38, pelas refinarias da Petrobras ocorre com defasagem média de R$ 0,65 no litro. Isso, a saber, representa um valor 19% inferior aos preços no exterior. O litro da gasolina está R$ 0,23 mais barato, 8% a menos do que deveria.
Faz três semanas que a negociação do diesel se dá com uma defasagem perto ou superior a 20%. Tal situação não acontecia desde agosto de 2023, quando a Petrobras precisou intervir e aumentar os preços.
Em 2024, contudo, pela primeira vez em 13 anos, a petroleira fechou um ano inteiro sem qualquer reajuste no preço do óleo, mesmo com todas as oscilações no mercado no ano passado. O preço da gasolina foi alterado apenas uma vez.
A presidente da Petrobras também detalhou as medidas tomadas dentro do plano de investimentos em segurança energética, com gás e refino, e segurança alimentar, com fertilizantes. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou da reunião e, segundo assessores do Planalto, elogiou a celeridade dos projetos.