Em Belo Horizonte para o anúncio de investimentos para Minas Gerais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou, nesta quinta-feira (8), que é cruzeirense. O político disse, no entanto, que o Atlético-MG tem a maior torcida no Estado.
Antes de declarar a torcida para o Cruzeiro, Lula explicou que, embora seja de partido diferente em relação ao governador Romeu Zema (Novo), o Brasil precisa de uma relação civilizada entre os seus representantes.
“O que eu quero é que a gente construa no país uma relação civilizada. Dois políticos podem ser de partidos diferentes, ser de religiões diferentes. Torcer, aqui em Minas Gerais, para times diferentes. Por exemplo, eu sei que a maioria dos mineiros é atleticana, mas eu torço para o Cruzeiro“, ponderou.
Corintiano assumido, Lula afirmou que o apreço pelo Cruzeiro começou no fim da década de 1960, quando o clube celeste derrotou o Santos, de Pelé, e foi campeão da Taça Brasil de 1966.
“Eu nasci antes da geração Paulo Isidoro. Eu nasci na Seleção do Tostão, do Dirceu Lopes, do Joãozinho, do Natal. Foi essa geração que me fez conhecer o futebol de Minas Gerais. Depois veio o Atlético com aquele timaço, mas eu já tinha feito a opção, porque eu vi o Cruzeiro enfiar 6 a 2 no Santos com Dorival, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe”, complementou.
Apesar da declaração de Lula, a pesquisa “O Maior Raio-x do Torcedor“, feita pela CNN/Itatiaia/Quaest em abril de 2023, mostrou que atleticanos e cruzeirenses têm 5% da preferência dos brasileiros no cenário nacional e estariam tecnicamente empatados.
Já a pesquisa Datafolha, realizada em agosto de 2023, demonstrou que a torcida do Cruzeiro é a maior de Minas, com 2 pontos percentuais de diferença em relação ao rival: 4% a 2%.
Após ter tomado posse em janeiro do ano passado, Lula visita Minas Gerais pela primeira vez desde que voltou a ser presidente. O chefe do Executivo voltará a Brasília ainda na tarde desta quinta-feira (8).
“Vamos continuar tratando com Minas com muito respeito. Tratei Minas Gerais, no tempo em que Aécio era governador de oposição, com o maior respeito. Não fazia diferença entre o Aécio e qualquer governador. Com Zema, é a mesma coisa. Nossa relação institucional não é uma relação pessoal. O presidente da República tem de respeitar o governador porque foi eleito; o governador tem de respeitar o que o presidente da República porque foi eleito”, afirmou, em entrevista exclusiva à Itatiaia, em Belo Horizonte.