Durante a cúpula do Mercosul, realizada nesta segunda-feira, 8, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a necessidade de permanecer “vigilante” na defesa da democracia no bloco, relatou a Folha de Pernambuco. Ele abordou a recente tentativa de golpe na Bolívia, que agora integra o Mercosul.
“A reação unânime ao dia 26 na Bolívia e ao dia 8 no Brasil demonstram que não há atalhos na democracia em nossa região, mas é preciso permanecer vigilante”, afirmou Lula.
Realizada em Assunção, no Paraguai, esta 64ª reunião de cúpula do Mercosul teve como destaque, conforme relatou a Agência Brasil, a incorporação da Bolívia como o sexto membro pleno do bloco. Também houve a passagem da presidência temporária do grupo do Paraguai para o Uruguai.
Presidente se referiu diretamente à tentativa de golpe ocorrida na Bolívia
Ao mencionar a tentativa de golpe na Bolívia, ocorrida no último dia 26, Lula ressaltou que o Mercosul mais uma vez se uniu pela “plena vigência do estado de direito”.
O presidente também criticou os “falsos democratas” que tentam minar as instituições para beneficiar interesses reacionários. Ele também disse que a estabilidade política está ameaçada enquanto a região permanecer entre as mais desiguais do mundo.
“Falsos democratas tentam solapar as instituições e colocá-las a serviço de interesses reacionários”, afirmou. “Enquanto nossa região seguir entre as mais desiguais do mundo, a estabilidade política permanecerá ameaçada. Democracia e desenvolvimento andam lado a lado.”
Ao concluir, o presidente brasileiro acrescentou que, no mundo globalizado, não há sentido em adotar um nacionalismo arcaico e isolacionista, nem em retornar às políticas “ultraliberais” que, segundo ele, aumentaram as desigualdades na região.
“No mundo globalizado não faz sentido recorrer ao nacionalismo arcaico e isolacionista”, observou o presidente. “Tampouco há justificativa para resgatar as experiências ultraliberais que apenas agravaram as desigualdades em nossa região.”