O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a pressionar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para que haja redução na taxa de juros no país. A declaração aconteceu durante evento nesta quarta-feira, 29, para anunciar medidas para o Rio Grande do Sul.
“Espero que o presidente do Banco Central veja a nossa disposição de reduzir a taxa de juros”, disse Lula. “E, quem sabe, colabore conosco, ao reduzir a taxa Selic, para que possamos oferecer empréstimos a taxas de juro e spreads mais acessíveis.”
No evento, o Ministério da Fazenda divulgou uma linha de crédito de R$ 15 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o setor privado gaúcho.
Além disso, a pasta também autorizou cooperativas de crédito a operarem no Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte e um investimento de R$ 600 milhões no Fundo Garantidor de Operações.
Ministros de Lula fizeram anúncios para o Rio Grande do Sul
Na ocasião, a ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, anunciou uma nova linha de crédito de até R$ 1,5 bilhão pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para a reconstrução do Estado.
Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, destacou que as medidas propostas pelo governo não geram impacto primário e mencionou que haverá uma trajetória de redução de juros neste e nos próximos anos.
Leia também:
Ao todo, o governo destinou R$ 62,5 bilhões em ações para o Rio Grande do Sul, que inclui a suspensão da dívida estadual por três anos e a isenção de juros sobre o montante. Em 7 de maio, o Congresso Nacional aprovou um decreto que reconhece a situação de calamidade pública no Estado até 31 de dezembro.
Também estavam presentes no evento o vice-presidente, Geraldo Alckmin; o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro; e a secretária executiva da Casa Civil, Miriam Belchior.