O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta sexta-feira (8), que os militares sempre tiveram uma interferência na política brasileira.
A declaração foi dada durante almoço com servidoras da presidência e da Esplanada dos Ministérios em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.
“No Brasil, tudo é mais demorado. Nossa independência foi mais demorada. O fim da escravidão, a nossa democracia… Desde que foi proclamada a República, que foi um golpe contra o imperador, os militares sempre tiveram uma interferência na política brasileira”, disse.
Sem citar nomes, mas lembrando os ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, o presidente afirmou que alguns “alguns malandros queriam dar um golpe” de Estado no Brasil.
“Estamos vivendo o período mais longevo da democracia contínua. Mesmo assim, no dia 8 de janeiro do ano passado, alguns malandros queriam dar um golpe e não deixar que acontecesse os resultados das eleições. Até hoje essas pessoas dizem que as eleições não valeram”, completou o presidente.
O evento foi organizado pela primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, na Vila Planalto, bairro da capital federal. O restaurante da “Tia Zélia” é o favorito do presidente e é considerado um dos pontos da esquerda em Brasília.
Oito das nove ministras mulheres estiveram no almoço. Apenas a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), não compareceu porque está em viagem.
Segundo Janja, o pedido para o almoço foi ideia do próprio Lula.
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