O apresentador Luciano Huck lamentou a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comparou a ação de Israel na Faixa de Gaza ao extermínio dos judeus durante o governo nazista de Adolf Hitler, na Alemanha. O posicionamento de Huck foi feito no domingo 18.
“Lamento o posicionamento do presidente Lula”, escreveu Huck na plataforma Twitter/X. “O que acontece em Gaza hoje é uma tragédia humanitária. O número de vítimas civis é inaceitável e imperdoável. Porém a guerra de hoje não é remotamente parecida com o Holocausto”.
Sou judeu. Defendo o Estado de Israel, como também a criação de um Estado Palestino. Sou um democrata, sempre estive e estarei posicionado contra o extremismo. Mas lamento o posicionamento do presidente @LulaOficial . O que acontece em Gaza hj é uma tragédia humanitária. O número…
— Luciano Huck (@LucianoHuck) February 18, 2024
Huck, que é judeu, afirmou que espera que Lula repense “sua posição”. Segundo o apresentador da TV Globo, a declaração do petista “não contribui para a paz”.
Nas eleições de 2022, Luciano Huck não declarou apoio a nenhum dos candidatos à Presidência da República. No entanto, no segundo turno, o apresentador compartilhou uma foto com Simone Tebet (MDB), que estava engajada na campanha do petista e foi nomeada por Lula para o Ministério do Planejamento e Orçamento.
Remando na mesma direção. Pela democracia, por um Brasil mais eficiente e afetivo. @simonetebetbr pic.twitter.com/HdSY0YnTta
— Luciano Huck (@LucianoHuck) October 28, 2022
Comparação de Lula entre ações de Israel e o Holocausto revolta instituições judaicas
No domingo 18, o presidente Lula comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza com o Holocausto, em declarações feitas a jornalistas em Addis Ababa, capital da Etiópia. A fala do presidente brasileiro chegou a receber elogios públicos por parte do grupo terrorista Hamas.
Instituições ligadas a Israel condenaram o discurso de Lula. Em nota, o Instituto Brasil-Israel afirmou que a declaração do petista “é um erro grosseiro, que infla tensões e mina a credibilidade do governo brasileiro”.
A Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (Fierj) destacou que Israel e os judeus “não são genocidas”. A federação ainda chamou a comparação de “descabida” e cobrou do governo brasileiro a exigência pela libertação de reféns.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também comentou as declarações do presidente brasileiro. Para ele, Lula “cruzou uma linha vermelha” e “banalizou” o Holocausto.