A construtora FG Empreendimentos fechou uma parceria com a Havan, do empresário Luciano Hang, para construir o prédio residencial mais alto do mundo em Balneário Camboriú, litoral norte de Santa Catarina.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o edifício vai se chamar Triumphu Tower e o lançamento do empreendimento deve ocorrer no segundo semestre de 2024. A construtora ainda não definiu uma data para o início das obras.
O prédio deve se tornar o mais alto do mundo no lugar do Steinway Tower, em Nova York, nos Estados Unidos, apontado como a primeira posição, segundo o ranking internacional The Skyscrapper Center. O novo edifício vai ser construído na Barra Sul de Balneário Camboriú, com 509 metros de altura e 154 andares.
Dentre os brasileiros, o novo prédio vai superar o edifício One Tower, da mesma construtora. O imóvel é considerado o maior da América Latina, com 290 metros de altura e 84 andares. Inaugurado em dezembro de 2022, ele também fica na orla de Balneário Camboriú. A obra custou R$ 650 milhões.
Em segundo lugar no ranking nacional está o Yachthouse, que fica no mesmo município do litoral catarinense. Ele é formado por duas torres gêmeas de 281 metros e 81 andares. O edifício foi construído pela Pasqualotto, que anunciou uma obra para aumentar a altura do prédio para 294,1 metros. Assim, o imóvel será o primeiro da lista.
Maioria da população de Balneário Camboriú vive em prédios
Segundo o Censo Demográfico de 2022, Balneário Camburiú se tornou uma das cidades brasileiras mais verticalizadas, com mais da metade de sua população morando em prédios. A verticalização já atinge outras regiões do país. Em Rondonópolis (MT), começou a construção do Niraj Towers, com 250,4 metros de altura. Ele deve ter um shopping anexo às duas torres.
O Grupo TMI Investimentos Imobiliários pretende certificar que o edifício esteja entre os mais altos da América Latina. Segundo o diretor da empresa, Thiago Teixeirense Muniz, o valor de vendas passa dos R$ 1,3 bilhão.
“Em que pese ser uma cidade de quase 300 mil habitantes e cerca de 800 mil pessoas que gravitam em torno de Rondonópolis”, disse o empresário à Folha. “Temos um mercado imobiliário expressivo, com sucessivos anos de faturamentos significativos, em valores chegando a quase R$ 2 bilhões.”
As alturas das edificações precisam ser validadas por meio de uma certificação do Conselho de Edifícios Altos e Habitat Urbano. A organização tem sede em Chicago, nos EUA.
André Bigarella, diretor de engenharia da FG Empreendimento, explica que a construção de prédios é uma grande demanda de sistemas construtivos arrojados e conta com a melhor tecnologia existente.
“O maior desafio construtivo de um prédio alto é a logística da obra, atrelada ao deslocamento vertical de colaboradores e materiais ao longo da torre”, disse Bigarella à Folha. “Elevadores de alta performance, sistema de inteligência do edifício, com bombas, válvulas, controle de acesso, para que todos os sistemas possam operar e dar segurança aos processos.”