Dando continuidade à sua “turnê mensal” de junho pelos planetas do Sistema Solar, após passar por Marte, a Lua vai visitar Júpiter nesta quarta-feira (5), ficando bem pertinho dele no céu – em um fenômeno conhecido como conjunção astronômica. Todos os horários mencionados no texto têm como referência o fuso de Brasília.
De acordo com o guia de observação astronômica InTheSky.org, do ponto de vista da cidade de São Paulo, neste dia, a dupla será difícil de observar, pois não aparecerá muito acima do horizonte. Os dois estarão visíveis juntos no céu ao amanhecer, despontando às 5h43 – 57 minutos antes do Sol – e atingindo uma altitude de 8° acima do horizonte nordeste antes de desaparecer de vista por volta das 6h25.
Isso significa que a conjunção, em si, não poderá ser vista, já que os dois corpos estarão abaixo da linha do horizonte quando ela acontecer, às 11h26.
Enquanto estiverem visíveis, a Lua estará com magnitude de -7.9, e a de Júpiter será de -2, com ambos na constelação de Touro. Quanto mais brilhante um corpo parece, menor é o valor de sua magnitude (relação inversa). O Sol, por exemplo, que é o objeto mais brilhante do céu, tem magnitude aparente de -27.
Por falar no Sol, a Lua também estará mais próxima dele durante a conjunção com Júpiter. Ao atingir o chamado periélio, às 11h24, o satélite natural da Terra estará a uma distância de 1,0123 Unidades Astronômicas (UA) da nossa estrela-mãe – o equivalente a 151,8 milhões de km.
Isso acontece algumas horas antes da lua nova, que começa às 9h38 da manhã de quinta-feira (6). Esta fase marca o início do mês em calendários lunares, como o muçulmano, e nos calendários lunissolares, tais como o judaico, o hindu e o budista.
Próximos planetas a receber a “visita” da Lua este mês
Uma lunação ou ciclo lunar, como é chamado o intervalo de tempo entre luas novas, é sutilmente variável, com média de duração de 29,5 dias. Durante esse período, a Lua passa pelas quatro fases principais (nova, crescente, cheia e minguante), e cada uma se prolonga por aproximadamente sete dias.
Também existem as “interfases”: quarto crescente e crescente gibosa (entre as fases nova e cheia) e minguante gibosa e quarto minguante (entre a cheia e a minguante).
Depois de Júpiter, os próximos planetas a fazer conjunção com a Lua este mês serão Saturno (27) e Netuno (28). Essa série de conjunções ocorre porque a Lua orbita a Terra aproximadamente no mesmo plano em que os planetas orbitam o Sol, chamado plano da eclíptica.