quarta-feira, outubro 2, 2024
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Lua chega ao apogeu – o que isso tem a ver com o “Anel de Fogo”

Nesta quarta-feira (2), às 16h39 (pelo horário de Brasília), a Lua alcançará a posição mais distante da Terra ao longo de sua órbita ao redor do nosso planeta – ponto chamado pelos astrônomos de apogeu. 

Isso acontece mensalmente, mas, desta vez, será especial: é justamente por causa do apogeu lunar que o eclipse solar desta tarde será anular, formando um “Anel de Fogo” no céu de alguns poucos pontos privilegiados do globo.

Antes de explicar essa relação, vamos saber um pouco mais sobre o apogeu:

  • A distância da Lua em relação à Terra varia porque sua órbita não é perfeitamente circular – é ligeiramente oval, traçando um caminho conhecido por elipse;
  • À medida que a Lua atravessa esse caminho elíptico ao redor do planeta a cada mês, sua distância varia 14%, entre 356.500 km no perigeu (aproximação máxima) e 406.700 km no apogeu (ponto mais distante);
  • O tamanho angular do astro também varia pelo mesmo fator, bem como seu brilho se altera, embora isso seja difícil de detectar na prática, já que as fases da Lua estão mudando ao mesmo tempo.
Crédito: Triff – Shutterstock (Terra/fundo) – Edição: Olhar Digital

Segundo a plataforma InTheSky.org, o tempo do circuito da Lua entre perigeu (ponto mais próximo), apogeu (ponto mais distante) e perigeu novamente é de 27,55 dias – um período de tempo chamado de mês anomalístico. Isso é um pouco mais do que o período orbital do nosso satélite natural (27,322 dias). 

“Anel de Fogo” só existe por causa do apogeu lunar

Um eclipse solar ocorre quando a Lua passa entre a Terra e o Sol lançando uma sombra sobre determinada área do planeta e bloqueando total ou parcialmente a luz solar. 

Existem três tipos mais conhecidos desse fenômeno: parcial, anular e total. Há ainda um quarto padrão, mais raro, que praticamente mistura todos eles: o eclipse solar híbrido (como o que aconteceu em abril de 2023).

Um eclipse solar anular ocorre quando a Lua passa exatamente entre a Terra e o Sol, mas está distante demais do planeta para ocultar todo o disco solar. Crédito: timeanddate.com

O eclipse parcial é o tipo mais comum, que acontece quando apenas uma parte do Sol é coberta pela Lua. Nesse caso, praticamente não há alteração da luminosidade do dia. Por sua vez, o eclipse total se caracteriza quando todo o disco solar é bloqueado pela Lua, fazendo o dia escurecer por completo.

Já o eclipse solar anular é bem parecido com o total, porque a Lua cobre o Sol, mas deixa um círculo de luz visível em seu entorno – o chamado “Anel de Fogo”. Isso acontece porque ela está mais distante da Terra (no apogeu ou próximo a ele), fazendo com que sua circunferência aparente seja menor que a do Sol.

Apenas 175 mil pessoas no mundo (ou seja, cerca de 0,002% da população global) poderão testemunhar o “Anel de Fogo” nesta tarde – entenda por quê.

Via Olhar Digital

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