Lost é uma série que foi lançada em 2004 e se tornou um verdadeiro fenômeno pelo mundo, em uma época no qual o streaming ainda estava começando. Criada por J. J. Abrams, Damon Lindelof e Carlton Cruise, a produção acompanha um grupo de pessoas sobreviventes de uma queda de avião, que acabam em uma ilha.
A trama era marcada por diversos mistérios, que iam ficando cada vez mais complexos de acordo com a exibição dos novos capítulos. Ao longo das temporadas, nem todos os segredos foram revelados, o que fazia com que os espectadores tentassem desvendar os mistérios de Lost por conta própria.
Mesmo com diversos fãs pelo mundo, seu capítulo final foi bastante polêmico, gerando discussões sobre seu conteúdo e alimentando teorias que reverberam até hoje. Uma das mais conhecidas é de que todos os personagens estavam mortos desde o início. Confira abaixo o que realmente aconteceu no final de Lost.
O que aconteceu no final de Lost?
A clássica série fantasiosa da ABC, que agora está disponível na Netflix, deixou diversos fãs se perguntando o que realmente aconteceu com os passageiros do Voo 815 da Oceanic. Durante os 121 episódios da produção, os mistérios desenvolvidos e a complicada mitologia fizeram de Lost uma das primeiras sensações da internet.
Com os espectadores tão envolvidos com a complexa trama, muitos fãs esperavam que as pistas deixadas ao longo das temporadas fossem explicadas, mas isso não aconteceu. O final teve o foco nos laços entre os personagens, dando a eles um final feliz vago. Com isso, o episódio final criou ainda mais perguntas e deixou muitos espectadores sentindo falta de uma resolução firme.
Como a série terminou?
Diversas linhas do tempo estavam acontecendo na série durante a quinta temporada. Nela, Sawyer (interpretado por Josh Holloway), Juliet (Elizabeth Mitchell), Miles (Ken Leung) e Jin (Daniel Dae Kim) estavam na década de 1970, vivendo com a Iniciativa Dharma, o grupo de cientistas que tentavam entender os elementos da ilha.
Jack (Matthew Fox), Kate (Evangeline Lilly), Sayid (Naveen Andrews) e Sun (Yunjin Kim) estavam nos dias atuais, fora da ilha, tentando voltar para ajudar os amigos. John Locke (Terry O’Quinn) e Ben (Michael Emerson) incentivavam com interesse, querendo voltar para a ilha pelo desejo de governar o lugar e explorar o poder de lá.
Na sexta temporada, a última, a maioria dos personagens está reunido na ilha, incluindo o relutante Desmond (Henry Ian Cusick). Com isso, os mistérios persistentes começam a se desenrolar.
Os fãs descobriram, finalmente, quem era Jacob (Mark Pellegrino), um protetor da ilha, e foi revelado mais sobre sua relação com seu inimigo, o Homem de Preto, que quer destruir a ilha e liberar o mal que está preso. Quando ele não estava em forma corpórea, em diversos momentos, o Homem de Preto também apareceu como Monstro de Fumaça.
Em paralelo, duas linhas do tempo estavam acontecendo. Na primeira, os sobreviventes restantes estavam na ilha, alguns tentando escapar e outros esperando ser escolhidos como próximo protetor, e outros que queriam destruir a ilha. Na segunda linha do tempo, que foram descritas como “flash sideways” pelos showrunners, o avião nunca caiu, mas a vida dos sobreviventes continuam entrelaçadas.
O segredo de que Locke se tornou o Monstro de Fumaça encarnado vem à tona: ele continuou sua busca para destruir a ilha e removeu uma rocha no fundo de um poço sagrado, que era a tampa para o poder da ilha. Na batalha final, ele lutou contra Jack, que substituiu Jacob como protetor da ilha.
Jack consegue derrotá-lo, porém, para salvar a ilha, ele precisa recolocar a rocha, mesmo ciente de que descer o poço vai matá-lo. Antes da descida, Jack escolheu Hurley como protetor da ilha. Um dos maiores pontos de virada da série é quando Hurley recruta Ben, o antigo inimigo dos sobreviventes e líder dos Outros, para auxiliar no cuidado dela.
Jack consegue recolocar a rocha no lugar e salva a ilha, ficando gravemente ferido. Enquanto caminha para a morte, ele se encontra em sua linha do tempo paralela, em uma sala com o espírito do seu pai morto, que diz a Jack que ele está morto.
Com isso, Jack abre a porta da sala descobrindo que está em uma igreja, com quase todos os personagens principais da série lá, incluindo alguns que ainda estão vivos na linha do tempo da ilha, e outros que morreram em temporadas anteiores, como Boone (Ian Somerhalder) e Charlie (Dominic Monaghan).
Enquanto todos estão se abraçando e se cumprimentando, Locke se aproxima de Jack e aperta sua mão, dizendo “Estávamos esperando por você.” Na ilha, Jack morre enquanto um avião voa acima. Na igreja, ele está sentado ao lado de Kate, sua parceira de longa data, e sorri enquanto a cena se desvanece em branco.
Os passageiros de Lost estavam mortos o tempo todo?
Para os espectadores, a cena da igreja sugeriu que todos os personagens estavam indo para a vida após a morte, indicando que todos os passageiros do Oceanic 815 estavam mortos o tempo todo. O crédito final do episódio, que mostrou a fuselagem do avião na praia como apareceu no primeiro episódio, endossou a teoria.
Contudo, os showrunners afirmaram com certeza que os sobreviventes não estavam mortos o tempo todo, e a filmagem foi usada para suavizar a transição para os comerciais, e não foi intencional passar a mensagem de que os personagens haviam morrido.
O final focou na resolução dos personagens, deixando a série distante de seu ponto de partida intrigante com diversos mistérios da ilha não resolvidos, como o motivo pelo qual nenhum bebê podia nascer no local.
Algumas reviravoltas na trama, feitas de última hora, foram questionadas pelos fãs, como a presença repentina de outra facção dos Outros, que vivia em um templo que nunca havia sido mencionado antes na selva. Além disso, teve o reaparecimento de Claire (Emilie de Ravin), que havia desaparecido sem cerimônia na 4ª temporada.
Os produtores informaram que as pessoas que morreram na ilha permaneceram mortas, e todos na linha do tempo da ilha estavam vivos todo o tempo. A ideia deles era sugerir que o tempo passado na ilha foi fundamental para os personagens, uma época em que eles encontraram e formaram laços com a família que mais importava para eles no momento.