Na última quinta-feira, 3, o Rio Grande do Sul enfrentou temporais que provocaram inundações em diversas áreas. As chuvas afetaram significativamente a população e a infraestrutura local. Entre os estabelecimentos afetados está uma loja da rede Havan, situada em Lajeado, interior do Estado. O estabelecimento teve parte de suas instalações submersas, mostram vídeos divulgados nas redes sociais.
Luciano Hang, proprietário da Havan, lamentou o episódio. Nas redes sociais, o empresário informou que disponibilizou dois helicópteros para apoiar a Defesa Civil em qualquer necessidade emergencial. Ele destacou sua solidariedade para com os gaúchos, ao enfatizar o compromisso em auxiliar os moradores e os municípios atingidos pela catástrofe.
Outras unidades da Havan e instalações esportivas afetadas
Além da loja em Lajeado, outras unidades da Havan, em Santa Maria, Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul, Santa Rosa e Canela, também sofreram com as chuvas. Em virtude dos estragos, a inauguração da nova megaloja em Santa Rosa foi adiada para 11 de maio.
Os impactos das chuvas se estenderam. O Estádio Beira-Rio, do Internacional, e o centro de treinamento do Grêmio, ambos em Porto Alegre, foram afetados pelas inundações causadas pelo transbordamento do Rio Guaíba e pelo rompimento da Barragem 14 de Julho, também no dia 3 de maio.
Defesa Civil atualiza número de mortes causadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul
Um relatório divulgado pela Defesa Civil, na manhã seguinte ao desastre, mostrou que as chuvas resultaram em 31 mortes em todo o Estado. As precipitações afetaram 235 municípios, dos 496 existentes no Rio Grande do Sul.
Ao todo, 351.369 pessoas foram impactadas, com 17.087 desalojados, 7.165 abrigados, 74 desaparecidos e 56 feridos.
As precipitações intensas começaram no domingo 28, com o agravamento da situação com o rompimento da Barragem 14 de Julho. Isso levou o governador Eduardo Leite a declarar estado de calamidade pública.
Vídeo: Lago Guaíba transborda e invade ruas e rodoviária de Porto Alegre
Outras regiões do Rio Grande do Sul foram afetadas pelas enchentes. O nível do Lago Guaíba, em Porto Alegre, já chegou a 4,5 metros. A previsão hidrológica é que o nível suba ainda mais e possa alcançar 5,4 metros. Essa é a maior cheia do rio desde a enchente histórica de 1941, quando o patamar chegou a 4,76 metros.
A estação hidrometeorológica instalada no Cais Mauá, também em Porto Alegre, teve problemas e perdeu a medição do Guaíba. Com isso, técnicos do Departamento de Recursos Hídricos e Saneamento estão, junto da Defesa Civil, “averiguando in loco” o nível da água.
As águas do Lago Guaíba avançam e geram inundações e alagamentos desde a madrugada na região da Orla, na zona sul de Porto Alegre, além das avenidas Mauá e Conceição.