O livro “Cobiça”, de autoria do prefeito de Belo Horizonte (MG) e candidato à reeleição, Fuad Noman (PSD), se tornou o tema do primeiro bloco do debate da Globo realizado na noite da última sexta-feira, 25. O deputado estadual Bruno Engler (PL) acusou Fuad de ter escrito um livro “pornográfico”, o que foi rebatido pelo candidato do PSD.
“O senhor escreveu ou não escreveu o livro ‘Cobiça’, um livro erótico e pornográfico?”, indagou Engler.
Fuad não fala sobre o livro, mas responde ao opositor: “É o rei das fake news, ele não leu o livro, se ele tivesse lido, ele não estaria falando uma bobagem. (…) O senhor deveria ler a Bíblia em vez de ficar lendo esses livros. Livro é para quem gosta, quem não gosta não lê”, respondeu Fuad.
O livro citado no debate foi publicado em 2020 por Fuad e tem sido utilizado pela campanha de Engler para associar o prefeito à pornografia. No debate, Engler lê um trecho da obra, onde estaria descrito o estupro coletivo de uma criança de 12 anos.
O candidato do PL também fala sobre uma feira internacional de quadrinhos organizada por Fuad em Belo Horizonte com títulos impróprios para crianças.
A GloboNews editou o trecho do debate no qual pergunta sobre o livro “Cobiça”.
Na sexta 25, o juiz Adriano Zocche, da Justiça Eleitoral, ordenou a retirada de um vídeo de Engler que abordava o tema. Segundo Zocche, o candidato do PL usou desinformação para alegar que a obra de Fuad fazia uma apologia à pedofilia. Outra peça de Engler já havia sido derrubada pelo mesmo motivo.
Além da retirada, Zocche decidiu ampliar o horário eleitoral gratuito até o sábado, 26, para a veiculação de dez inserções com um direito de resposta de Fuad no tempo destinado a Engler. O período das propagandas políticas acabou oficialmente nesta sexta em todos os outros municípios que vão voltar às urnas neste domingo, 27.
Redação Oeste, com informações da Agência Estado