O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pediu à Polícia Federal (PF) escolta policial para o deputado Amom Mandel (Cidadania-AM).
A solicitação foi realizada nesta terça-feira (16) e seria aplicada aos compromissos que o parlamentar possuir no estado do Amazonas.
Segundo o deputado Amon, o pedido acontece após ele ter feito uma denúncia à Polícia Federal sobre envolvimento de integrantes da Segurança Pública do Amazonas com organizações criminosas. O deputado publicou um vídeo em suas redes sociais afirmando que sofreu uma abordagem violenta da polícia em represália à suas denúncias.
“Se alguém desse estado acha que colocar uma arma na minha cabeça ou apontada para minha companheira vai me intimidar e me fazer recuar, está muito enganado”, disse Amom em vídeo publicado no X (antigo Twitter).
Lira enviou um ofício à Superintendência Regional da PF no Amazonas apontando que o parlamentar tem sido frequentemente alvo de crimes que envolvem ameaças e constrangimentos ilegais, o que estaria prejudicando as prerrogativas constitucionais de seu cargo.
“Solicito o destacamento de policial das fileiras da Polícia Federal para proceder à escolta pessoal do deputado federal Amom Mandel em seus compromissos nesse estado”, afirma Lira no documento.
O presidente da Câmara também pediu que a polícia federal tome “todas as providências indispensáveis para assegurar a segurança do congressista em questão, respeitando os limites territoriais da região amazônica”.
Segundo apuração da CNN, há uma expectativa de que pelo menos dois policiais federais sejam cedidos para a proteção do deputado.
Procurado, o governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), disse que a Secretaria da Segurança Pública do Amazonas (SSP) não recebeu nenhum tipo de notificação ou pedido de explicação por parte da PF, mas está à disposição pra esclarecer o que for preciso.
O governador também negou que a abordagem policial sofrida pelo deputado teria nenhum tipo de relação com as ameaças.
“A SSP ressalta que a abordagem realizada é um procedimento padrão aplicado a qualquer cidadão e que em todo momento da ocorrência o deputado foi tratado com cordialidade, sendo orientado quanto as medidas que poderiam ser adotadas naquele momento”, afirma a nota enviado pelo governador.
A CNN também tentou contato com a Polícia Federal e aguarda posicionamento da instituição.
*Colaborou Gabriel Garcia, da CNN, em Brasília
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