Após uma rodada de conversas com as bancadas na Câmara Federal, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) sinalizou que decidirá sobre o comando da Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) e outras comissões ainda nesta semana.
Na semana passada, líderes do centrão afirmavam que entraria na briga com o PL pelo comando da Comissão — por onde passam os principais projetos da Casa.
Pelo regimento interno, o PL tem direito a decidir primeiro sobre o comando da CCJ, o que não impede outros partidos de lançarem candidaturas avulsas. Se unidos, os partidos do centrão deixariam a legenda de Bolsonaro em desvantagem no voto.
Atualmente, a CCJC está sob comando do PT, por um acordo firmado com o PL, no ano passado, que cedeu a prioridade de escolher o colegiado para assumir a relatoria da Comissão Mista de Orçamento (CMO). A costura, no entanto, previa que a CCJC ficasse com o partido de Bolsonaro em 2024.
O União Brasil está entre os partidos do centrão que pressionam Lira por um aliado no comando da CCJ. O nome seria o do deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA), postulante à sucessão do deputado alagoano no comando da Casa. Aliados de Elmar, no entanto, alertam justamente para o risco de ver minguar eventual apoio à sua candidatura na oposição.
A principal fonte de insatisfação do grupo mais alinhado à Lira e, sobretudo, a líderes do governo, é a escolha da deputada Carolina de Toni (PL-SC) para comandar a CCJ. O PL garante, no entanto, que não há plano B para a indicação fruto de um acordo com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
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