Nesta quinta-feira, 17, as Forças de Defesa de Israel anunciaram a eliminação de Yahya Sinwar, líder do grupo terrorista Hamas. A neutralização, que ocorreu por meio de ação militar na Faixa de Gaza, movimentou a comunidade internacional. Líderes comentaram a morte do extremista islâmico.
Tido como um dos responsáveis pelo ataque terrorista de 7 de outubro de 2023, Sinwar era conhecido pelo jocoso apelido “açougueiro de Khan Yunis” e havia sido promovido recentemente na hierarquia do grupo terrorista. Em agosto, depois da morte de Ismail Haniyeh, ele assumiu o posto de principal líder do Hamas.
A posição de destaque dentro da organização criminosa fez com que políticos para além do Oriente Médio elogiassem o trabalho militar — e de inteligência — israelense. Para o primeiro-ministro do país judaico, Benjamin Netanyahu, a neutralização de Sinwar representa um golpe aplicado contra o mal.
“Hoje acertamos as contas. Hoje o mal recebeu um golpe, mas nossa tarefa ainda não foi concluída”, disse Netanyahu, que destacou o interesse em libertar as pessoas que seguem há mais de um ano sob domínio dos terroristas que controlam Gaza. “Às queridas famílias dos reféns, eu digo: este é um momento importante na guerra. Continuaremos com força total até que todos os seus entes queridos, nossos entes queridos, estejam em casa.”
Yahya Sinwar is dead.
He was killed in Rafah by the brave soldiers of the Israel Defense Forces.
While this is not the end of the war in Gaza, it’s the beginning of the end. pic.twitter.com/C6wAaLH1YW
— Benjamin Netanyahu – בנימין נתניהו (@netanyahu) October 17, 2024
Líderes comentam morte de líder do Hamas
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, adotou postura similar à de Netanyahu. De acordo com norte-americano, a morte do terrorista marca “um bom dia para Israel”. Integrantes de governos como da Alemanha e da Itália também se manifestaram em razão da eliminação do líder do Hamas, conforme registro do portal g1.
Leia mais:
- Joe Biden, presidente dos Estados Unidos
“Este é um bom dia para Israel, para os Estados Unidos e para o mundo. Como líder do grupo terrorista Hamas, Sinwar foi responsável pelas mortes de milhares de israelenses, palestinos, norte-americanos e cidadãos de mais de 30 países.”
- Kamala Harris, vice-presidente dos EUA
“A justiça foi feita. Sinwar foi responsável pela morte de milhares de pessoas inocentes, incluindo as vítimas de 7 de outubro e reféns mortos em Gaza. Este momento nos dá uma oportunidade de finalmente acabar com a guerra em Gaza. Hoje, só posso esperar que as famílias das vítimas do Hamas sintam um pouco de alívio.”
- Annalena Baerbock, ministra das Relações Exteriores da Alemanha
“Sinwar era um assassino brutal e terrorista, que queria destruir Israel e seu povo. Como o mentor do terror em 7 de outubro, ele trouxe morte a milhares de pessoas e sofrimento imensurável a uma região inteira. O Hamas deve agora libertar todos os reféns e depor suas armas, o sofrimento do povo em Gaza deve finalmente acabar.”
- Antonio Tajani, ministro das Relações Exteriores da Itália
“Espero que o desaparecimento do líder do Hamas leve a um cessar-fogo em Gaza.”
O governo brasileiro não se manifestou a respeito da morte de Yahya Sinwar. O Palácio do Planalto não considera o Hamas um grupo terrorista. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já chamou a ação Israelense de “genocídio”, é considerado persona non grata pelo país judaico.
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