O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, prometeu acelerar o desenvolvimento nuclear do país e advertiu os Estados Unidos a não adotarem “uma decisão equivocada” após supervisionar o lançamento do míssil balístico intercontinental (ICBM) Hwasong-18, o maior do arsenal norte-coreano. O míssil voou pouco mais de 1.000 quilômetros, demonstrando a capacidade de atingir os EUA.
O líder norte-coreano afirmou que o lançamento envia um “sinal claro às forças hostis” e coloca novas tarefas importantes para o desenvolvimento das forças nucleares estratégicas do país. Kim destacou as opções da Coreia do Norte caso Washington “adote uma decisão equivocada”.
O Exército sul-coreano anunciou que o Norte disparou um ICBM de combustível sólido, mais fácil de transportar e mais rápido de disparar. Kim supervisionou o lançamento, conforme imagens divulgadas pela agência KCNA. Coreia do Sul, EUA e Japão ativaram um sistema para compartilhar informações em tempo real sobre lançamentos de mísseis norte-coreanos.
O teste ocorreu após uma reunião em Washington, onde EUA e Coreia do Sul discutiram dissuasão nuclear em caso de conflito com o Norte. Washington e Seul advertiram que um ataque nuclear resultaria no fim do regime norte-coreano. A Coreia do Norte realizou um número recorde de testes armamentistas em 2023, lançando um satélite militar em novembro.
O regime norte-coreano se declarou uma potência nuclear “irreversível” e reiterou que nunca renunciará ao seu programa nuclear, essencial para sua sobrevivência. O Conselho de Segurança da ONU pediu a interrupção do programa nuclear e de mísseis balísticos desde o primeiro teste nuclear em 2006.