Durante o 11° Congresso da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), realizado em São Paulo entre os dias 20 e 21 de setembro, um dos líderes do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), Fabio Bosco, afirmou que o partido está “na mesma trincheira” que o grupo terrorista Hamas e defendeu o aniquilamento de Israel como “condição para a paz”.
No início de sua fala, o militante disse que o intuito de sua declaração era deixar uma “mensagem de solidariedade” aos presentes.
“Vocês sabem que o meu partido, o PSTU, não tem vergonha de dizer que está na mesma trincheira daqueles que fizeram o 7 de outubro, que estão ao lado da resistência palestina liderada pelo Hamas […] Nós também somos a esquerda que acha que não tem solução de paz para o Oriente Médio sem o fim do Estado de Israel”, disse. “Enquanto existir o Estado de Israel, nunca vai ter paz [sic].”
Por essas razões, o líder do PSTU disse que defende a “Palestina livre do rio ao mar”. Bosco também disse que costuma cobrar embaixadores da Autoridade Palestina a pararem com a colaboração de segurança com o “Estado sionista de Israel”.
Segundo a Fepal, o evento em que as declarações foram feitas é o “maior congresso da História” da entidade, com 223 participantes, 197 delegados e 26 observadores. Jornalistas e outros convidados também estiveram presentes.
Guerra de Israel contra o Hamas vai completar um ano
A guerra entre Israel e o Hamas, que completa um ano no próximo dia 7, foi desencadeada por um ataque coordenado do grupo terrorista palestino contra o território israelense, resultando em centenas de mortes e sequestros de civis e militares na Faixa de Gaza.
Nas últimas semanas, a tensão tem aumentado entre Israel e o Hezbollah, grupo terrorista aliado do Hamas. Isso fez com que os Estados Unidos, a França e outros países aliados apelassem conjuntamente nesta quinta-feira, 26, para um cessar-fogo imediato de 21 dias no conflito entre Israel e o Hezbollah.
A declaração conjunta, negociada paralelamente à Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, afirma que os combates são “intoleráveis e apresentam um risco inaceitável de uma escalada regional mais ampla”.
“Apelamos a um cessar-fogo imediato de 21 dias através da fronteira Líbano–Israel para proporcionar espaço à diplomacia”, diz o texto.
Em uma ofensiva realizada na quarta-feira 25, o Hezbollah lançou dezenas de foguetes contra o território de Israel, incluindo um projétil de longa distância que disparou alarmes antiaéreos em Tel-Aviv e em outras partes da região central do país.
O míssil tinha como alvo a sede do centro de inteligência israelense, o Mossad, em Tel-Aviv, mas acabou interceptado, segundo o governo de Israel. Os israelenses afirmaram também que bombardearam o local de onde partiu o projétil.
Em quase um ano desde o início dos ataques mútuos entre Israel e o grupo terrorista libanês, este foi o ataque mais distante da fronteira com o Líbano.