sábado, setembro 21, 2024
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Líder do Hamas e membros do Hezbollah, Jihad e Houthi: quem mais estava perto de Alckmin no Irã

Depois da morte do líder do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh, no fim da noite da última terça-feira, 30, circularam as imagens do vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin (PSDB), sentado a poucos metros de Haniyeh, no Irã.

Eles participavam da posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkia. Alckmin representava o governo brasileiro na cerimônia. As imagens da Press TV, emissora estatal do regime iraniano, mostram que mesmo sentados a poucas cadeiras de distância, os dois não conversaram durante o encontro.

Entre o vice-presidente do Brasil e o líder do Hamas estão outros nomes conhecidos de grupos radicais islâmicos e terroristas: o porta-voz dos Houthi, Mohammed Abdulsalam, o líder da Jihad Islâmica, Ziyad Al-Nakhalah, e o vice-líder do Hezbollah, o general Naim Assem.

Houthi

Quem aparece logo à direita de Alckmin é Mohammed Abdulsalam, porta-voz dos Houthi. Liderados por Abdul-Malik al-Houthi, eles compõem um grupo de rebeldes xiitas apoiados pelo Irã. Eles construíram sua ideologia em torno da oposição a Israel e aos Estados Unidos, vendo-se como parte do “eixo de resistência” liderado pelo Irã, juntamente com o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza e o Hezbollah no Líbano.

Seus líderes costumam traçar paralelos entre as bombas fabricadas nos Estados Unidos usadas para atacar suas forças no Iêmen e as armas enviadas a Israel e usadas em Gaza. Os houthis eram um grupo de rebeldes mal organizados, mas reforçaram seu arsenal nos últimos anos, passando a incluir mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos além de drones de longo alcance.

O Houthi está entre os vários grupos terroristas apoiados pelo Irã que atacaram Israel em solidariedade ao Hamas desde 7 de outubro, quando os terroristas da Palestina fizeram um ataque sem precedentes em território israelense.

Os outros grupos terroristas cujos líderes estavam perto de Alckmin no Irã

Jihad Islâmica

Exatamente no centro entre Alckmin e Haniyeh, na terceira cadeira da foto, está o líder da Jihad Islâmica, Ziyad Al-Nakhalah. A Jihad Islâmica foi fundada na década de 1980 na Faixa de Gaza para combater a ocupação israelense e mantém presença em Gaza e na Cisjordânia. O grupo terrorista palestino é o segundo maior de Gaza, sendo frequentemente eclipsado pelo Hamas.

O Hamas e a Jihad Islâmica estão frequentemente alinhados contra Israel. São os membros mais importantes entre os que coordenam a maior parte da atividade militar dos vários grupos armados em Gaza. A Jihad muitas vezes atua independentemente do outro grupo terrorista e concentra-se majoritariamente em confrontos militares.

O Irã também ajuda o grupo com apoio financeiro e armas, enviando foguetes e armamento antitanque. Assim como o Hamas, Israel e Estados Unidos consideram a Jihad uma organização terrorista.

O Hezbollah

Na quarta cadeira, do lado esquerdo do líder do Hamas, está o vice-líder do Hezbollah, o general Naim Assem. O Hezbollah, que significa “Partido de Deus”, é um grupo terrorista xiita híbrido, ou seja, político, social e militar, com sede no Líbano. O grupo surgiu em 1982, quando Israel avançou para o sul do Líbano para aniquilar a Organização para a Libertação da Palestina, cujos líderes utilizavam o país como base. Israel logo viu a si mesmo contra um novo movimento fundado para reunir a vontade popular contra a ocupação dos israelenses.

Nesta semana, um ataque atribuído por Israel ao Hezbollah matou 12 crianças e adolescentes que jogavam futebol na cidade de Majdal Shams. O grupo nega a autoria. Em resposta, Israel bombardeou posições no Líbano e disse ter matado Fuad Shukr, comandante mais alto do grupo e citado como responsável pelo ataque nas Colinas do Golan.

Além de seu braço armado, o Hezbollah é a força política mais poderosa dentro do Líbano, possuindo veto em decisões governamentais e decidindo questões importantes relacionadas a entrada ou não do Líbano em conflitos armados. O grupo, da mesma forma que os outros, é apoiado financeiramente e militarmente pelo Irã e também é visto como uma organização terrorista por Estados Unidos e Israel.

O novo presidente do Irã

Empossado nesta terça, Pezeshkian está substituindo o ex-presidente iraniano Ebrahim Raisi. O ex-chefe do Executivo do país era considerado “linha-dura” e morreu em um acidente de helicóptero em maio. Líder do Hamas, Haniyeh estava presente na cerimônia de posse pela proximidade do regime iraniano com o Hamas. O Irã é um dos principais fiadores do grupo terrorista.

Geraldo Alckmin foi o escalado por Lula para a posse do novo presidente iraniano depois de a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, ter sido a escolhida para representar o país nos Jogos Olímpicos de Paris.

O Hamas e a mídia estatal iraniana culparam Israel pela morte de Haniyeh, o líder político do grupo terrorista, que era fundamental para suas negociações e diplomacia de alto risco. As Forças Armadas de Israel não comentaram o assassinato.


Redação Oeste, com informações da Agência Estado



Via Revista Oeste

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