O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, reconheceu que o Brasil pode ter “exportado” facções criminosas a Portugal. Ele deu a declaração nesta quinta-feira, 4, durante visita à sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa.
“Não só o Brasil, mas todos os países enfrentam a criminalidade organizada”, disse o ministro. “É possível que alguns integrantes de facções criminosas tenham vindo para Portugal, até pela facilidade da língua e pela acolhida tradicional que os portugueses dão aos brasileiros. Estamos atentos a esse fenômeno.”
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, reconheceu que o Brasil pode ter “exportado” facções criminosas a Portugal.
O magistrado deu a declaração durante a visita à sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa. pic.twitter.com/VjrYIXMb0p
— Revista Oeste (@revistaoeste) July 5, 2024
Parceria com Portugal contra o crime organizado
Lewandowski também destacou o interesse do governo brasileiro em intensificar o intercâmbio de informações com Portugal para combater o tráfico de drogas, armas e pessoas.
“Nossa Polícia Federal (PF) colabora com as autoridades portuguesas”, afirmou Lewandowski. “Porque o Brasil, lamentavelmente, é um corredor de exportação de droga, que vem de outros países da América do Sul.”
As preocupações de Lewandowski com drogas sintéticas
Ele também chamou atenção para a crescente preocupação com as drogas sintéticas, que têm origem em países europeus e nos Estados Unidos.
“O tráfico de drogas é um problema universal, diria eu, planetário”, acrescentou o ministro. “O combate aos malfeitores transnacionais só se enfrenta com uma cooperação cada vez mais aprofundada e uma troca célere que diz respeito a esse problema.”
Proposta de Emenda Constitucional
Lewandowski confirmou que o Ministério da Justiça elaborou uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC). O objetivo é permitir que o governo federal estabeleça diretrizes para a segurança pública e o sistema prisional em todo o país.
“É uma autorização constitucional que estabelece a competência do governo federal para coordenar um sistema único de segurança pública”, destacou.