A cidade de São Paulo possui 72 cracolândias distribuídas por 47 bairros, incluindo áreas nobres e periféricas. Segundo dados do governo, o Estado abrigava 170 comunidade de usuários de drogas em 45 municípios no início de 2023. A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) definiu esses locais como “áreas de atenção”.
Grande parte desses pontos de consumo de drogas está na periferia, com 20 na zona leste, 14 na zona norte, seis na zona sul e apenas um na zona oeste, no Rio Pequeno. Três áreas (Jardim Santa Terezinha, Jardim São Carlos e Parque Maria Fernanda) não tiveram localização exata definida.
O Parque Novo Mundo, na zona norte, lidera fora do centro, com quatro pontos de concentração.
Cracolândias no centro e em áreas nobres de São Paulo
Já no centro, há 15 pontos: seis em Campos Elíseos, quatro em Santa Ifigênia, dois na Consolação e na Liberdade e um na Sé. Cracolândias também ganharam espaço em áreas nobres, como Alto de Pinheiros e Pinheiros, na zona oeste.
As informações são da Folha de S. Paulo, que obteve os dados via Lei de Acesso à Informação. A Secretaria da Segurança Pública explicou que o levantamento evitou endereços exatos para não estigmatizar regiões.
Levantamento das ‘áreas de atenção
O levantamento considerou “áreas de atenção” aqueles pontos com pelo menos 15 usuários que permanecem no local por três dias em São Paulo. Fora do centro, uma concentração significativa está no cruzamento das ruas José Pedro Roschel e Iraque, no Jardim Quintana, zona sul.
Segundo um comerciante local, que preferiu não se identificar, disse à Folha, os dependentes começaram a chegar durante a pandemia. Ele explica que equipes da prefeitura realizam organizações semanais, mas o número de pessoas aumenta durante a noite.
Interior e Grande São Paulo
Assim como a capital, o interior e a Grande São Paulo também têm cracolândias em diversos bairros. Cidades com mais de 30 dependentes também entraram para a lista. A gestão Tarcísio priorizou ações no centro, estendendo-as a outras áreas, quando eficazes.
“Diversas vias já foram requalificadas pela ação das forças de segurança e prefeituras, mas ainda há muito a fazer”, disse o governo, em nota.
São 44 cidades com registros de aglomerações de dependentes químicos. São Bernardo e Guarulhos lideram na região metropolitana, com oito pontos cada. Já Campinas possui sete endereços, incluindo três no centro e pontos nos bairros Vila Industrial, Vila Formosa, Ponte Preta e Carlos Lourenço.