sexta-feira, setembro 27, 2024
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Leticia Bufoni exalta legado que deixou em Rayssa: “Ela se espelhou em mim“

Um dos principais nomes da história do skate feminino brasileiro e mundial, Leticia Bufoni está em São Paulo para o Red Bull Drop in Tour, evento de apresentações e exibições de skate realizado em várias etapas ao redor do mundo.

Em entrevista à CNN Brasil, a atleta falou sobre as mudanças no cenário do skate e as dificuldades que enfrentou no início da carreira.

“Quando eu comecei a andar de skate, quase não havia mulheres. Bem no começo, eu acho que eu era a única menina que andava de skate, porque a gente não tinha rede social. Então era mais difícil conseguir acompanhar o que acontecia no skate mundial, que já era muito mais forte que aqui no Brasil”, explicou.

“Hoje é muito mais fácil andar de skate, porque há grandes referências, como a Rayssa Leal, que é uma grande referência para a nova geração. Eu não tinha essa referência que eu poderia falar para os meus pais: ‘Quero andar de skate, ser igual a essa menina, ela anda, é profissional, vive disso’. Hoje em dia, para ter apoio dos pais, está muito mais fácil”, completou.

A atleta também exaltou o legado que deixou no skate feminino e na Rayssa Leal, um dos principais nomes do esporte na atualidade.

“Muito legal saber que, de alguma forma, eu fiz parte dessa história, até para a Rayssa. No começo da carreira dela, ela se espelhou em mim. Hoje é incrível ver que ela se tornou uma referência no skate brasileiro e mundial, e, de alguma forma, eu fiz parte disso”, disse.

A atleta explicou ainda que sentia a existência de um certo estigma no estilo de roupa das mulheres que praticavam skate e que conseguiu quebrar essas barreiras.

“Quando eu comecei a andar de skate, não havia muitas meninas femininas. Que andavam de skate e se arrumavam. Acho que fui uma das primeiras a fazer isso. Andava com uma calça mais justinha, eu me arrumava para ir à pista. Impressionante que, hoje em dia, eu olho para a Rayssa, olho para a Sky, e vejo meu estilo nelas”, explicou.

“Acho que isso foi uma grande diferença, poder mostrar que você não precisa seguir um padrão, não precisa ser uma menina masculina para ser aceita no mercado. Ver que elas seguiram meus passos e estão indo bem é muito bacana”, completou.

Leticia Bufoni compete no skate street e é a maior campeã feminina da história do X Games, com seis títulos, além de ter um título mundial.

Leticia sempre gostou de automobilismo e passou a entrar em competições nas pistas em 2022. Neste ano, ela participou pela primeira vez da Porsche Cup e segue conciliando os dois universos.

“Estou conseguindo conciliar a corrida e o skate e também estou muito focada em projetos de vídeos, turnês. O automobilismo entrou na minha vida há muito tempo, gosto muito de carro desde novinha, corria de kart quando pequena. Este ano estreei na Porsche Cup, estou vivendo um sonho, sou muito apaixonada por automobilismo. É difícil conciliar a agenda com os dois, mas está dando certo”, contou.

A brasileira também falou sobre a presença de mulheres no automobilismo, mercado dominado por homens.

“Acho que, nesses dois últimos anos, o automobilismo vem mudando bastante. Para quem não sabe, minha equipe inteira da Porsche Cup é feminina. Tem outra menina [Antonella Bassani] que corre e também tem a equipe toda formada por mulheres feminina’, contou.

A skatista sonha com mais mulheres em todas as posições da modalidade: “Há um movimento muito legal. Meu plano é ajudar o máximo possível, trazer mais mulheres não só atletas, mas também como mecânicas, engenheiras mecânicas, mais mulheres para o Grid, que acho que é o mais importante”.

Via CNN

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