A cerimônia do Oscar acontece neste domingo (10) e tem “Oppenheimer” como grande favorito ao prêmio de Melhor Filme. Entre as categorias principais, o esporte está representado por “Nyad”, produção da Netflix que concorre a Melhor Atriz com Annette Bening e a Melhor Atriz Coadjuvante com Jodie Foster.
O longa-metragem conta a história de Diana Nyad. Aos 64 anos, a nadadora teria atravessado o Estreito da Flórida, trecho de 170 quilômetros em mar aberto separando Cuba e Estados Unidos, em 2013, após quase 53 horas de nado.
Mais recentemente, porém, o mundo do basquete se mobilizou para torcer por um representante no principal prêmio cinematográfico do planeta — e saiu vitorioso. Foi em 2018, quando “Dear Basketball” levou a estatueta de Melhor Curta Animado.
A animação criada por Glen Keane e narrada por Kobe Bryant dá vida à carta escrita pela lenda do Los Angeles Lakers ao The Players’ Tribune, publicada em 29 de novembro de 2015, na qual o ala-armador anunciava sua aposentadoria das quadras.
Tanto no texto quanto no curta — cuja trilha sonora original foi composta por John Williams, dono de cinco estatuetas do Oscar após 54 indicações — a carta é uma verdadeira declaração de amor de Kobe ao basquete, esporte ao qual se dedicou a vida toda.
A conquista, que fez de Bryant o primeiro ex-atleta profissional a ganhar um Oscar e o primeiro afro-americano a vencer na categoria, foi apenas mais uma das tantas do ex-ala-armador, morto em 26 de janeiro de 2020 aos 41 anos.
Integrante do Hall da Fama do basquete, Kobe teve duas camisas aposentadas pelos Lakers — a 8 e a 24. Pela franquia de Los Angeles, na Califórnia, Bryant marcou 1.860 pontos em jogos de pré-temporada, 33.643 em duelos de temporada regular e 5.640 em partidas de playoffs.
Além disso, marcou a história da NBA: integrou a seleção dos 75 anos da liga e foi selecionado 18 vezes para o All-Star Game, além de ter sido duas vezes cestinha da temporada e MVP em 2007/2008.
Kobe Bryant conquistou o título da NBA cinco vezes. Conseguiu um tricampeonato entre 2000 e 2002 como coadjuvante de Shaquille O’Neal e um bicampeonato em 2009 e 2010 já como protagonista, sendo MVP das Finais dos últimos dois títulos.