Nesta quarta-feira (5), Leila Pereira foi convidada para depor na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas. Após John Textor, do Botafogo, e Julio Casares, do São Paulo, ela é a terceira mandatária a prestar depoimento à Comissão no Senado.
A presidente do Palmeiras se manifestou sobre as acusações de John Textor, dono da SAF do Botafogo, sobre manipulação de resultados.
“Se ele [John Textor] não comprovar absolutamente nada, porque até agora, objetivamente, eu não vi prova nenhuma. Eu desconheço. Eu não tenho dúvida nenhuma de que o John Textor deveria ser banido do futebol brasileiro. Com essas denúncias irresponsáveis e criminosas, ele não afeta apenas o Palmeiras, mas ele afeta a credibilidade desse grande produto que é o futebol brasileiro. Eu acho que as penas precisam ser duras e eficazes”, disse a dirigente.
A dirigente ainda reforçou em seu depoimento que o Palmeiras está tomando as medidas cabíveis contra o mandatário do Botafogo.
“Nós entramos com pedido de inquérito policial, pedindo investigação para se apurar as denúncias que ele está fazendo. Se ele comprova, as pessoas precisam ser punidas. Mas se não comprova, quem precisa ser punido é o John Textor. Entramos com procedimento na esfera cível pedindo produção antecipada de provas, porque ele precisa provar o que está dizendo. Se não provar, nós vamos ingressar com uma ação pedindo indenização para ele. Na Justiça Desportiva está tramitando uma denúncia para que ele prove o que está dizendo”, contou Leila Pereira.
O empresário John Textor, sócio majoritário do Botafogo, fez denúncias de irregularidades no futebol brasileiro, envolvendo jogadores e árbitros. Em uma das denúncias, Textor afirmou que o Palmeiras foi beneficiado nas últimas duas temporadas, em que o clube conquistou o Campeonato Brasileiro duas vezes.
Textor afirmou possuir gravações de árbitros reclamando do não recebimento de propinas prometidas e de ter havido manipulação de resultados nas edições de 2021, 2022 e 2023 do Brasileirão. Ele não apresentou provas das acusações.