Um laudo da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP) concluiu que a causa da morte do cachorro Joca, em voo da companhia Gol, se deu em razão de um choque cardiogênico. Os especialistas divulgaram o documento nesta quinta-feira, 4.
O choque cardiogênico é um distúrbio na circulação sanguínea, decorrente de uma redução da capacidade de trabalho do coração.
O dono de Joca, João Fantazzini, embarcou o cachorro no Aeroporto de Guarulhos (SP), para uma viagem de 2h30 a Sinop (MT). A Gol, porém, enviou o cachorro para Fortaleza-CE. Na cidade nordestina, há imagens de Joca vivo, fora da caixa de transporte e com uma garrafa de água ao seu lado.
A companhia, então, encaminhou Joca novamente a Guarulhos, cidade à qual ele chegou morto. Joca ficou 8h em uma caixa solta no porão de bagagens da Gol. O caso ocorreu em abril deste ano.
O que diz a defesa do dono de Joca
A defesa do dono do animal ouviu de especialistas que a principal causa da morte foi estresse e calor. “Ele foi levado errado para Fortaleza sem qualquer equipamento de segurança na caixa de transporte dentro do avião”, afirmou o advogado Marcello Primo Muccio. “A família espera a conclusão do inquérito apontando o responsável pelos maus-tratos.”
O que diz a Gol
A Gol admite que houve “falha operacional” no transporte do animal, mas diz que o cão recebeu cuidados. “Infelizmente, logo depois do pouso do voo em Guarulhos, vindo de Fortaleza, fomos surpreendidos pelo falecimento do animal”. A empresa lamentou o ocorrido.
A Delegacia de Crimes Contra o Meio Ambiente de Guarulhos esperava a conclusão do laudo para concluir a investigação. Além da polícia, o Ministério de Portos e Aeroportos e a Anac (Agência Nacional de Avião Civil) também apuram o caso.